Vendedores ambulantes reclamam das vendas no carnaval e justificam a baixa no lucro com redução do consumo de comida e acessórios decorativos. Motivos não faltam, para uns a greve da Polícia Militar que antecedeu os setes dias de folia é a “culpada” pelo movimento fraco e por afastar os turistas, já para outros o fim do mandato político dos governantes é o principal motivo da falta de investimento na folia.
Porém, mesmo com as vendas em baixa o vendedor de bebidas alcoólicas, em especial as famosas promoções de cerveja, “três por cinco reais”, têm tirado muito comerciante do sufoco. “Para mim o carnaval continua muito bom. Estou vendendo bem, vendo sempre minha cervejinha que nem água (risos)”, afirmou Ednaldo Santos Nery, mais conhecido como Val, dono de uma barraquinha de bebidas e coquetéis no Beco de Ondina, no circuito Dodô.
Entre outros comerciantes entrevistados pela equipe de reportagem do Bocão News, senhora Rafaela dos Santos confirma o sucesso na venda de cerveja, mas ressalta a queda na venda dos coquetéis famosos como Príncipe Maluco, Capeta, etc. Se por um lado a bebida continua em alta na folia, os vendedores de alimentos não têm muito o que comemorar. É o caso de Márcia Brito de Souza, vendedora de queijo coalho há dez anos. “Esse ano vou tirar menos de mil reais. Trago toda noite 100 espetinhos, mas nenhum dia vendi todos”, desabafa.
Matéria postada às 20h51 do dia 21 de fevereiro
Fotos: Roberto Viana//Bocão News
