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Mulheres comentam sobre crime de importunação sexual, foco da Polícia Civil no Carnaval

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O crime de importunação sexual está sendo um dos focos da Polícia Civil no Carnaval de 2023  |   Bnews - Divulgação Sanny Santana/BNews

Publicado em 17/02/2023, às 18h17   Cadastrado por Sanny Santana



Para estimular as denúncias por parte das mulheres que sofrerem assédio durante a folia, as Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams) de Brotas e Periperi lançaram, na segunda-feira (13), a campanha “Não se cale”. Por todo o Carnaval fitinhas alusivas à campanha são distribuídas nos circuitos.

Para as amigas Márcia Ramos e Lorena Reis, de 55 e 57 anos, respectivamente, a ação da polícia é de extrema importância.

"Importantíssimo isso! É importante frear essa onda de machismo. O homem é mais forte fisicamente, então eu acho que a mulher sempre está em um lugar vulnerável, historicamente e socialmente, ela sempre foi vítima de assédio, de estupro… Acho que é muito importante a gente dignificar a mulher e dar espaço para que ela possa ter uma vida livre, feliz e plena”, afirma Márcia Ramos.

“Eu lembro da época que eu era nova, que brincava… Era outro contexto, a gente ia para rua e tinha medo de ser importunada, sofria assédio, e hoje, eu acho que essa questão de ter respeito pela liberdade do outro é fundamental. Mesmo numa festa, você tem que ter limite pra poder chegar na pessoa, a pessoa tem que contextualizar que está querendo também. Não pode ser uma coisa agressiva, de jeito nenhum! Mesmo sendo Carnaval e querendo beijar muito, tudo tem limite”, complementa Lorena Reis.

A foliã Stefane Soares, de 20 anos, participou da discussão e compartilhou sua opinião sobre a ação, e momento em que vivenciou assédio.

“Já aconteceu assédio comigo mais de uma vez, inclusive teve uma vez que foram seguidas, coisas de um minuto. É importante pois vai acabar com esse tipo de atitude. Eu sei que muita gente fala que a culpa é da mulher, da vestimenta, mas o cara que tem que saber respeitar, e a polícia tá fazendo isso, vai acabar de certa forma com isso”, comenta Stefane.

Stefane também compartilhou assédio sofrido neste ano. 

“Sofri mais de cinco vezes, então é bem complicado… Mas é o certo o que eles [a polícia] estão fazendo. Tem que acabar com isso, homem tem que respeitar mulher independente do que ela está vestindo ou do que ela tá fazendo”, acrescentou a foliã.

Inclusive, o combate ao crime de importunação sexual também foi alvo das ações da Polícia Civil durante o Furdunço. Durante abordagens, as punições relacionadas à lei contra a importunação sexual foram esclarecidas.

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