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Cientistas perguntam e cachorros ‘explicam’ quais cores eles enxergam; entenda

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Por muito tempo acreditou-se que cães enxergavam preto e branco  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 16/01/2023, às 10h00 - Atualizado às 10h00   Redação


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Por muito tempo acreditou-se que cães enxergavam preto e branco. Mas como é possível saber se de fato os cachorros enxergam somente esses tons se não temos como perguntar? Pois bem, um grupo de pesquisadores russos conseguiram essa proeza.

De acordo com o blog Hora da Ciência, de O Globo, os estudiosos “perguntaram” aos cães, desenhando um experimento simples e muito elegante. O estudo foi feito em 2013. Já que sabíamos que os cães devem ser capazes de diferenciar amarelo e azul, mas também claro e escuro (o brilho), cientistas usaram papéis coloridos de azul claro, azul escuro, amarelo claro e amarelo escuro, caixas com tampa, e pedaços de carne. O brilho dos cartões coloridos foi preparado segundo a capacidade de refletir luz da cor utilizada, ou seja, o amarelo escuro era mais “apagado” do que o amarelo claro.

Ainda de acordo com a publicação, inicialmente, os patudos foram treinados para reconhecer um par de estímulos, como o amarelo claro e o azul escuro. O amarelo claro era colocado na caixa com carne, e o azul escuro na caixa vazia. Os animais aprendiam a reconhecer o amarelo claro como sinal de comida. O treinamento foi repetido 10 vezes por dia, durante nove dias. Uma vez que os animais estivessem bem treinados, os pesquisadores trocavam tudo fazendo a maior confusão: agora a caixa com carne traria o amarelo escuro, e caixa sem carne, o azul claro.

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O blog relata ainda que, se os cães tivessem aprendido a reconhecer o alimento pela cor, eles deveriam escolher a caixa marcada com amarelo, independentemente de ser claro ou escuro. Se fosse o brilho que importava, deveriam ficar com o azul claro. Usando somente oito cachorros, o resultado foi muito bom: todos os cães escolheram a cor certa 70% das vezes, e seis deles acertaram 90%.

Contudo, a publicação detalha que, para não ter nenhum tipo de viés de raça ou de vontade canina de agradar os humanos, todos os cães eram sem raça definida, nenhum tinha qualquer tipo de treinamento prévio e a participação humana foi limitada ao mínimo necessário. Os cachorros exploravam as caixas sozinhos, e conseguiam abri-las com o focinho, para pegar ou não a recompensa.

O número de cachorros participantes foi pequeno, por isso, talvez exista diferença entre raças que não foi possível detectar, mas dá para ver que muitas vezes, basta criatividade e um experimento simples para responder perguntas interessantes.

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