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Gatos obesos têm dificuldade com higiene? Veja o que diz especialista

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Gatos obesos podem desenvolver de doenças de pele à dificuldade locomotora  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Pixabay

Publicado em 11/10/2022, às 12h00   Juliana Barbosa e Milena Ribeiro


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Muitas pessoas olham um gato gordinho e acham bonito, mas, para o pet, o excesso de gordura corporal pode ser prejudicial. Esses felinos estão mais predispostos a desenvolver diversas doenças, como diabetes e problemas na locomoção, por exemplo. Além disso, a higiene do pet também poderá ficar comprometida com o excesso de peso.

Nesta terça-feira (11), Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, o BNews vai relembrar quais os problemas de saúde que podem aparecer nos pets com essa condição e como fazer para que animal perca peso de forma saudável. 

A médica-veterinária, Camila Freire,  revelou que um aumento de 20% do peso ideal já é considerado obesidade e que a condição é uma síndrome inflamatória sistêmica.

"Um felino chega em um quadro de obesidade por causa de múltiplos fatores como estresse, desequilíbrio hormonal e maior consumo de comida do que gasto de energia por exemplo, porém o principal é o manejo alimentar incorreto por falta de conhecimento do tutor", explicou.

Sinais que seu gato pode estar obeso 

Uma dica a seguir é olhar o animal de perfil. Se ele estivar com o peso correto, será possível visualizar facilmente uma distinção entre o tórax e o abdômen. Quando essa diferença entre a região torácica e abdominal for muito acentuada é porque o pet está abaixo do peso, e, quando não puder ser vista, provavelmente é um caso de gato obeso.

Além disso, as costelas podem ajudar a saber se o pet está com o peso ideal, magro de mais ou se é um gato obeso. Verifique, ao palpar:

  • Se consegue sentir as costelas sem que elas estejam proeminentes, o pet está com o peso bom;
  • Se, no toque, você sentir as costelas, mas não conseguir contá-las com facilidade, provavelmente o pet está com sobrepeso;
  • Caso não consiga sentir as costelas com facilidade, provavelmente é um caso de gato muito gordo.

No geral, animais adultos, com mais de cinco anos, têm mais chances de se tornarem gatos obesos por naturalmente diminuírem o nível de atividade. 

arquivo pessoal

Existe risco em não tratar a obesidade do gato?

No geral, a obesidade diminui a expectativa de vida do bichano e ainda o deixa predisposto a várias doenças: 

Higiene pessoal 

Com o excesso de peso, a higiente pessoal do animal ficará comprometida, pois ele não irá conseguir se limpar com tanta facilidade. Com essa situação, outros problemas de saúde poderá sugir. Camila explicou: "Problemas de pele podem aumentar, como seborreia e caspas, pois um gato obeso não consegue se higienizar e se lamber como os outros e acaba acumulando resíduos na pele/pelo".

Diabetes

"Uma das doenças mais comuns em gatos obesos é a Diabetes mellitus tipo II devido a resistência insulínica, portanto o corpo não responde mais a insulina aumentando o nível de glicose no sangue", contou Camila.

Segundo a médica-veterinária, outra doença muito comum que acomete mais gatos obesos é a Lipidose hepática ou fígado gorduroso. "Um gato gordinho quando passa por um período de estresse como mudança de casa, chegada de um animal ou pessoa nova, pode ficar sem querer se alimentar e acaba tendo mais riscos de entrar em Lipidose hepática pois como ele é obeso ocorre maior mobilização de gordura para o fígado", pontuou.

Doenças locomotoras e pedras nos rins 

"Outra parte do corpo bastante afetada é o sistema locomotor, as articulações acabam ficando em sobrecarga devido ao excesso do peso podendo levar a dores, impossibilitando o animal de seguir a vida que tinha antes pois dificulta na locomoção.

A maioria dos gatos obesos apresentam comportamento sedentário e por esse motivo também estão mais predispostos a doenças obstrutivas do canal urinário pois acabam ingerindo menor quantidade de água devido a preguiça", explica a veterinária.  Isso pode deixar o animal predisposto à urolitíase (formação de “pedras nos rins”).  O pet fica mais predisposto ao desenvolvimento de artrite. 

O que fazer para ajudar o felino a perder peso?

Alimentação

"Muita gente ainda acredita que a melhor forma de alimentar o felino é deixando o alimento a disposição durante todo o dia porém muitos estudos ja indicam que essa forma de alimentação 'ad libitum' favorece o ganho de peso", alertou Camila. 

O oferecimento excessivo de petisco e guloseima é outro fator que influencia no ganho de peso. "Um animal tem uma necessidade energética diária e a quantidade de petiscos diária deve ser 10% do total de calorias que ele deve ingerir por dia, esse cálculo de requerimento energético diário (quantidade de calorias que o animal deve ingerir) é realizado pelo Médico Veterinário levando em consideração o hábito de vida do animal, se é castrado ou não, propenso a obesidade e se está em fase de ganho ou perda de peso", explicou. 

"Ao contrário do que muitos pensam, os sachês/patês (alimentos úmidos) não engordam quando oferecidos na quantidade correta", pontuou Camila.

Diagnóstico e atividades para tratamento

De acordo com a médica-veterinária, o diagnóstico da obesidade deve ser precoce e essa precocidade depende exclusivamente da conscientização do tutor com relação aos riscos da obesidade para o felino. A primeira coisa a ser feita é levar o animal ao veterinário para que ele possa ser examinado e o profissional possa avaliar se ele desenvolveu alguma doença ou se tem algum problema de saúde.

Para ajudar o pet a perder peso, as brincadeiras são bastante recomendadas, ainda mais se esses animais forem criados em apartamentos e tenham pouco espaço para se mover.

"Estimule seu gato com brinquedos, varinhas e prateleiras pois assim ele estará realizando exercício físico, ajudando no gasto calórico. Se seu gato é castrado, adote uma alimentação equilibrada pois felinos castrados ficam menos ativos devido a questões hormonais e são predispostos a obesidade. A água também tem um fator importante, distribua vários potes de água pela casa para incentivar o consumo.", finaliza a veterinária.

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