Uso de cannabis medicinal em tratamento de animais cresce no Brasil; veja detalhes

O uso de cannabis medicinal, no Brasil, aumentou 110% em 2021, em relação a 2020, de acordo com os dados da Associação Brasileira da Indústria de Canabinoides. Os benefícios do tratamento à base de canabidiol não se limita, porém, apenas aos humanos. Muitos médicos-veterinários estão optando por esse tipo de prescrição para seus pacientes.

Mesmo sem legislação, os profissionais utilizam-se de uma brecha jurídica e de liminares na Justiça para conseguir realizar seu trabalho com a erva. Grupos de pesquisadores nos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária já estudam estruturar a terapia com canabidiol para assegurar que ela seja utilizada com segurança.

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O uso de cannabis, normalmente, é para os animais que possuem doenças atópicas, dor, distúrbios e crises epiléticas. Além disso, também pode ser usado para alterações comportamentais e treinamento higiênico, conforme disse a neurologista e acupunturista Magda Alves de Medeiros, coordenadora científica do grupo de trabalho do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro.

Os efeitos colaterais, normalmente, são amenos e bastante raros. "Como as reações adversas são raras, [mas] podem acontecer e geralmente estão associadas a casos de superdosagem. Só considero que há contraindicação para pacientes com quadros de síncopes, hipotensão e hipoglicemia ou que estão intoxicados", disse a médica-veterinária Beatriz Hassan. Ela também afirmou que, deve ser observado com mais atenção pelo especialista, o animal que se trate com cannabis medicinal e já use muitos medicamentos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite apenas que produtos com cannabis industrializados e importados sejam comercializados no país. Os óleos e outras manipulações são proibidos. Quando o veterinário decide utilizar desse tratamento no seu paciente, ele precisa tomar algumas medidas para que a ação seja possível.

Os profissionais veterinários afirmam que quem regulamenta as suas atividades é o Ministério da Agricultura. O especialista que deseja uma fórmula manicuplada para determinar a quantidade dos componentes da planta deve prescrever o óleo para o animal e fazer um termo de esclarecimento para o tutor. O dono do animal deve fornecer ambos documentos para as associações que vendem os óleos.

* Com informações do jornal O Globo.

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