Feira de Santana registra um dos piores índices de cobertura vacinal da Bahia

O município de Feira de Santana reúne mais de 200 mil pessoas com doses em atraso contra a Covid-19, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Além disso, a cidade apresenta indicadores menores do que a média dentro do estado baiano em nove vacinas do calendário infantil, como BCG, Tríplice Viral, Rotavírus Humano, Pneumocócica, Meningocócica, Pentavalente, Febre Amarela, Poliomielite e Hepatite A.

Ainda segundo a secretaria, dados da vigilância epidemiológica da Bahia informam que a diferença entre a média estadual e o município chegam a quase 20 pontos percentuais. Entre elas, a maior é referente à vacina Tríplice Viral, que previne o sarampo, a caxumba e a rubéola. O órgão acrescentou que outro grande risco “é a baixíssima cobertura contra a poliomielite, que foi erradicada do Brasil há 33 anos e pode se espalhar rapidamente entre comunidades com cobertura vacinal inadequada”.

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Por ser uma doença que não possui tratamento, a falta de vacinação torna a situação ainda mais alarmante. A poliomielite é completamente evitável caso o calendário vacinal seja cumprido.

O Governo do Estado, através de uma nota, explicou que convocou, “por diversas vezes”, a prefeitura, para que a instituição cumprisse seu papel constitucional. “A ausência de ações educativas e de mobilização por parte do município tornaram Feira de Santana uma cidade com risco aumentado para diversas doenças”, finalizou.

Vânia Rebouças, coordenadora de imunização do Estado, reforçou que "quando temos uma diminuição das coberturas vacinais, a gente aumenta o número de pessoas vulneráveis ao adoecimento. E o risco é muito maior de ter o reaparecimento de doenças que são muito bem controladas e eliminadas com a vacinação".