Coronavírus
Publicado em 24/12/2021, às 18h05 Redação
A Bahia é mais um dos estados a anunciar que não vai exigir a prescrição médica como condição obrigatória para a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos contra a Covid-19.
A decisão desrespeita a indicação do Ministério da Saúde. O titular Marcelo Queiroga e o próprio presidente Jair Bolsonaro declararam publicamente a insatisfação com a imunização de crianças.
Queiroga chegou a afirmar que o "patamar" de mortalidade infantil por coronavírus era aceitável e que o tema precisava ser visto com cautela. O governo federal abriu uma consulta pública para lidar com o assunto, o que foi visto com desconfiança pelas autoridades sanitárias, já que a vacinação nesta faixa etária com imunizantes da Pfizer já tinha sido aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"A medida contraria a recomendação do Ministério da Saúde por ela ser descabida, tendo em vista que a segurança da vacina da Pfizer foi atestada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e que o imunizante já foi aplicado em mais de 7 milhões de crianças no mundo", afirma a secretária da Saúde da Bahia, Tereza Paim.
A titular da pasta estadual da Saúde ainda ressalta que "não podemos exigir que, neste momento, com tantos agravos da saúde, em meio a uma pandemia, a surtos de H3N2, enchentes em algumas regiões do Brasil, incluindo a nossa Bahia, crianças não possam ter acesso ao imunobiológico", afirma Tereza Paim.
São mais de 1,3 milhão de crianças entre 5 e 11 anos na Bahia, faixa etária autorizada para aplicação da vacina.
"Infelizmente, ela ainda não está disponível em território brasileiro, mas a expectativa é que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adquira e disponibilize aos estados ainda em janeiro de 2022", assegura.
O partido Rede Sustentabilidade entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar o governo federal a fornecer vacinas para o público infantil.
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