Coronavírus

Entenda os casos de infecção da Ômicron entre vacinados contra Covid-19

Vagner Souza| BNews
Estudos mostram que ômicron pode escapar parcialmente de uma primeira barreira de proteção oferecida pelas vacinas  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza| BNews

Publicado em 02/01/2022, às 12h30   Diego Vieira


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Reportada à Organização Mundial da Saúde (OMS) em novembro de 2021 pela África do Sul, a variante ômicron do coronavírus é motivo de muitas dúvidas quanto aos seus riscos. Os estudos, ainda preliminares, mostram que a nova cepa pode escapar parcialmente de uma primeira barreira de proteção oferecida pelas vacinas. 

De acordo com o infectologista Antônio Bandeira, apesar de escapar dos anticorpos das vacinas, a ômicron não tem evoluído para casos mais graves em pessoas completamente vacinadas.

“Uma pessoa vacinada pode pegar até ômicron, mas a vantagem de quem está vacinado é que não tem evoluído para formas graves. A ômicron tem sido apontada como menos agressiva, o que chamamos de menor patogenicidade, mas talvez isso esteja relacionado a questão da vacina, ou seja, se o indivíduo estiver com a vacinação completa, especialmente com a dose de reforço, o quadro não se agrava”.

Um estudo preliminar indicou que pessoas imunizadas com a vacina Coronavac podem precisar de duas doses de reforço contra a variante. A pesquisa foi publicada no site especializado medRxiv e envolveu mais de 100 participantes. 

Aplicada no Brasil e em outros 47 países, a coronavac apresentou eficiência limitada contra a ômicron, variante do vírus causador da Covid-19.

Segundo o infectologista Adriano Oliveira, o fato de o indivíduo estar vacinado, mas com o esquema incompleto, não garante que ele vai adoecer, e caso adoeça não garante que o quadro clínico vá agravar.

“Aparentemente a ômicron é uma variante de menor agressividade e com menor probabilidade de encaminhamento das pessoas para internação. Isso seria uma vantagem porque o grande problema do coronavírus é o estresse que ele provoca no sistema de saúde levando uma quantidade de pessoas absurdas aos hospitais".

Por outro lado, Oliveira explica que devido a alta taxa de transmissibilidade da ômicron, outras variantes do vírus podem surgir.

“Um vírus para conseguir fazer novas variantes ele precisa se replicar, ou seja, se dividir em taxas altíssimas e a ômicron está fazendo isso. Na medida que ele se dissemina em grande quantidade, inclusive, em pessoas que já tiveram covid ou que tenham sido vacinadas, ele está criando uma quantidade de oportunidade de produção de novas variantes muito maior”, afirma.

A ômicron foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta. A primeira morte ligada à nova variante foi registrada no dia 13 de dezembro, no Reino Unido.

O balanço divulgado na quinta-feira (30) pelo Ministério da Saúde indica que foram registrados 128 casos no Brasil da nova variante, que vem colocando vários países em estado de alerta.

As infecções foram registradas em Goiás (38), Santa Catarina (38), São Paulo (27), Minas Gerais (16), no Ceará (3), no Rio Grande do Sul (3), no Distrito Federal (1), no Rio de Janeiro (1) e no Espírito Santo (1).

Há ainda, segundo a pasta, 298 casos em investigação, sendo 16 no Distrito Federal, 23 no Rio Grande do Sul, 23 em Santa Catarina, 113 no Rio de Janeiro e 114 em Minas Gerais.

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