Justiça

MPT-BA estuda criar grupo de trabalho para apurar caso de babá que caiu do terceiro andar

Dinaldo Silva // BNews
Procurador-chefe chamou atenção para o caso "tão emblemático", que foi amplamente noticiado depois que a vítima se jogou do terceiro andar de um prédio  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva // BNews

Publicado em 27/08/2021, às 15h43   Redação BNews


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O procurador-chefe do Ministério Público do Trrabalho na Bahia (MPT-BA), Luís Carneiro, afirmou, em coletiva na tarde desta sexta-feira (27), que o órgão estuda criar um grupo de trabalho responsável pelo caso da patroa que manteve uma babá em cárcere privado.

Carneiro chamou atenção para o caso "tão emblemático", que foi amplamente noticiado depois que a vítima se jogou do terceiro andar de um prédio depois de ter sido mantida em cárcere privado. "Caso atípico do ponto de vista fático, mas infelizmente corriqueiro do ponto de vista legal", avaliou.

O procurador-chefe falou sobre as investigações que estão em andamento: "A atuação criminal é importantíssima, mas a atuação no mundo do trabalho, sob proteção das normas trabalhistas, é tão importante quanto e é independente. Há zonas de interseção, as zonas se comunicam. É normal que as investigações se conversem, e é isso que está acontecendo".

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Luís Carneiro completou: "Condições dignas de trabalho precisam e merecem ser alcançadas a todo o tempo. Éssa é uma situação gravíssima. Já temos ciência de que algo muito grave aconteceu. É uma tragédia social que infelizmente permeia algumas relações de trabalho e que precisam, sim, de uma atitude enérgica por parte das instituições".


Foto: Dinaldo Silva/BNews

O procurador-chefe definiu o caso da seguinte forma: "Poderia ter sido uma tragédia muito maior. Mas a tragédia para o mundo do trabalho é enorme".

Por fim, Carneiro alertou para a importância de realizar a denúncia: "No MPT, a denúncia pode ser feita online, inclusive, pelo site. Na denúncia é importante que traga o máximo de elementos possível, nome de pessoas que possam testemunhar... É fundamental que a sociedade denuncie pra que nós possamos agir e não se chegue a situações extremadas como essa que aconteceu", finalizou. 

Desde abril, o MPT-BA já resgatou três pessoas em situação análoga a escravidão em Salvador.

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