Justiça

Mulher trans é desclassificada de concurso da Marinha e pede R$ 150 mil por danos morais

Tânia Rêgo/Agência Brasil
A mulher foi desclassificada por possuir hipogonadismo, sgundo junta médica da Marinha  |   Bnews - Divulgação Tânia Rêgo/Agência Brasil

Publicado em 26/06/2022, às 11h31 - Atualizado às 11h33   Redação BNews


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Uma mulher transexual, aprovada em primeiro lugar em um concurso para Oficiais do Serviço Militar Voluntário, foi considerada inapta para continuar no processo pela junta médica da Marinha do Brasil. A instituição justificou que a candidata sofreria de hipogonadismo – mal funcionamento dos ovários ou testículos. As informações são do Uol.

Sabrina, que não teve o sobrenome e idade reveladas, competiu com mais 1 mil candidatos na prova escrita, etapa em que foi desclassificada. O hipogonadismo que a Marinha afirma que ela sofre consta no edital do concurso como um dos critérios para a eliminação.

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A candidata, no entanto, afirma que é impossível sofrer de tal doença, já que fez uma cirurgia de redesignação sexual, em 2016, e que, portanto, não possui gônadas – glândulas do sistema endócrino, responsáveis pela produção de hormônios sexuais.

Ainda de acordo com o site, a mulher trans entrou com uma ação na Justiça pedindo para continuar no processo. A defesa dela pede ainda que a Marinha indenize a cliente com R$ 150 mil por danos morais. O caso tramita na 19ª Vara Federal do Rio de Janeiro e não corre em segredo de Justiça.

"Tem sido emocionalmente desgastante. Eu só quero trabalhar. Me tiraram do processo por ser trans, mas sem falar isso abertamente. Eles pinçaram isso [hipogonadismo] nas características eliminatórias para me eliminar", desabafou Sabrina

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