Economia & Mercado

Desemprego cresce em 22 estados; Bahia sofre com cortes na construção civil

Publicado em 08/09/2015, às 07h16   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Diante de uma economia que não cresce há cinco trimestres, a piora do mercado de trabalho é disseminada por todo o país. O desemprego aumentou em 22 dos 27 estados e unidades da federação no segundo trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2014, de acordo com informações do jornal O Globo. No Nordeste, o desemprego cresceu em sete dos nove estados e já ultrapassa os dois dígitos na média da região. No Sudeste e no Sul, todos os estados registraram alta da desocupação. Na Região Norte, isso ocorreu em cinco dos seis estados; no Centro-Oeste, houve alta em três dos quatro estados.
Ainda segundo o jornal, a deterioração dos números fez com que, em muitos casos, o desemprego chegasse ao maior nível da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, iniciada em 2012. Na média nacional, a taxa foi de 8,3% entre abril e junho, o maior nível da série. O mesmo fenômeno ocorre em quatro estados: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás.
De acordo com o estudo, no Nordeste, a taxa, que é historicamente mais alta, subiu de 8,8% para 10,3% na comparação entre os segundos trimestres de 2014 e de 2015. O nível é menor que o recorde de 10,9% do primeiro trimestre de 2013, mas é o mais alto desde então. Três estados da região têm desocupação acima dos 10%: Rio Grande Norte (11,6%), Alagoas (11,7%) e Bahia (12,7%, a mais alta taxa no país). O Amapá, na Região Norte, é o quarto e último estado com taxa de dois dígitos (10,1%).
Na Bahia, que amarga o maior desemprego do país, os setores de construção civil e serviços têm contribuído para o momento ruim do mercado de trabalho. A construção absorvia 8,9% da população ocupada no segundo trimestre de 2014, mas essa fatia caiu para 8,4% no segundo trimestre deste ano. "A Bahia é um estado em que a agricultura tem uma presença maior que no resto do país, assim como o setor de serviços. Além disso, a informalidade também aumentou", explica Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE ao jornal.
Os únicos estados do país em que não houve aumento do desemprego entre o segundo trimestre do ano passado e o mesmo período de 2015 foram Acre, Tocantins, Rio Grande do Norte, Sergipe e Distrito Federal.

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