Economia & Mercado

Brasil pode perder até 2,2 milhões de vagas formais de emprego em 2016

Publicado em 01/01/2016, às 09h35   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O Brasil pode perder até 2,2 milhões de vagas com carteira assinada neste ano que começa e o emprego só deve começar a reagir em 2018, na opinião de especialistas em mercado de trabalho, de acordo com informações publicadas pela Folha.  Sem a retomada da economia, com a inflação corroendo o poder de compra das famílias e as empresas se reestruturando, o desemprego —mais concentrado em 2015 no setor industrial e na construção civil— deve agora atingir com intensidade o setor de serviços e o comércio.
O trabalhador com carteira assinada deve ser o mais afetado, segundo analistas, que já veem espaço para o avanço da informalidade nas contratações. Os mais otimistas preveem ao menos 800 mil vagas eliminadas.
Ainda segundo o jornal, na análise dos mais pessimistas —os que acreditam que o PIB vai encolher 3%—, o Brasil vai perder de 2 milhões a 2,2 milhões de empregos com registro em carteira. E há ainda quem diga que até 2017 termine com 100 mil postos de trabalho a menos. "O mercado de trabalho sente os efeitos da fraca atividade com defasagem de até um ano. Os problemas de 2015 terão desdobramentos mais adiante", diz Fábio Romão, da LCA Consultores.
Segundo a publicação, os dados mais recentes mostram que, de janeiro a novembro de 2015, foram destruídos 945 mil vagas formais —revertendo a tendência de alta verificada de 2002 a 2014. A indústria concentrou 44% da perda, seguida pela construção civil. Comércio e serviços juntos responderam por 30% das vagas fechadas. Serviços ligados ao consumo das famílias (alimentação, educação, lazer e turismo) e os prestados às empresas (transporte, logística e armazenagem) devem ser os mais afetados. O mesmo vale para o comércio, que depende diretamente do bolso do consumidor.
Levando em conta o desemprego medido pela Pnad contínua (indicador do IBGE que substituiu a pesquisa anterior, realizada apenas nas principais regiões metropolitanas do país), a taxa passa de 8,7% na média de 2015 para 13,5% em 2017, segundo a LCA. Na medida antiga (PME), iria de 6,9% para 9,5%.

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