Economia & Mercado

Após alerta da Petrobras, governo avalia plano de racionamento do diesel

Licia Rubinstein / Agência IBGE
Autoridades e especialistas já admitem, no segundo semestre, racionamento do diesel  |   Bnews - Divulgação Licia Rubinstein / Agência IBGE

Publicado em 29/05/2022, às 14h32   Redação


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O Palácio do Planalto está avaliando uma sugestão da Petrobras para elaborar um plano de racionamento emergencial do diesel, após a estatal ter alertado o governo sobre o risco de o Brasil sofrer um desabastecimento do combustível no segundo semestre.

Enquanto no mercado internacional o produto está com alta demanda, aqui no Brasil o diesel atingiu o maior valor da série histórica, iniciada em 2004 pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de acordo com o portal Metrópoles.

Segundo o comunicado enviado ao governo, o mercado global de óleo diesel poderá ficar ainda mais pressionado nos próximos meses.

Entre os principais motivos, estão, além da demanda mundial, a menor disponibilidade de exportações russas pelo prolongamento de sanções econômicas ao país e as eventuais indisponibilidades de refinarias nos Estados Unidos e no Caribe, com a temporada de furacões de junho a novembro.

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A expectativa é a de que a área técnica do governo analise o tema, nas próximas semanas, para buscar alternativas ao problema.

Entre as opções em discussão, está a de que sejam listados “serviços essenciais” em um eventual racionamento. Nessa hipótese, ambulâncias e transporte de grãos e alimentos teriam prioridade para receber o diesel.

De acordo com representantes do setor, há risco de desabastecimento no Brasil caso não haja sinais de que o preço do mercado será mantido. A crise, inclusive, aconteceria durante o momento de maior exportação de grãos, entre junho e julho.

Já conforme fontes do governo, o Ministério de Minas e Energia já trabalha com a expectativa de que o consumo do combustível neste ano supere a quantidade consumida em 2021.

O Brasil é considerado estruturalmente “deficitário” em óleo diesel. No ano passado, por exemplo, quase 30% da demanda total do país veio de fora.

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