Economia & Mercado

Chegada da Semana Santa reaquece vendas no Mercado do Peixe e Feira de São Joaquim

Joilson César/BNews
Apesar da melhora nas vendas, consumidores reclamam dos preços dos produtos  |   Bnews - Divulgação Joilson César/BNews

Publicado em 13/04/2022, às 18h50   Beatriz Araújo


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Com a flexibilização das medidas de combate à Covid-19, já é possível perceber uma melhoria nas vendas de alguns dos principais centros de compra de Salvador, entre eles, o Mercado do Peixe e a Feira de São Joaquim. A chegada da Semana Santa também tem reaquecido o comércio nesses locais, que nesta quarta-feira (13), já estavam bastante movimentados. Embora os comerciantes estejam melhorando o faturamento, alguns consumidores não andam tão satisfeitos, e já reclamam dos preços dos produtos.

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O comerciante Marcio Santana Freitas, dono do Box 43, no Mercado do Peixe, informou, em entrevista ao BNews, o percentual de melhoria das vendas no estabelecimento. “Esse ano melhorou um pouco, porque a gente passou uma fase aqui no ano passado que foi terrível. As vendas, ano passado, foram de 40%, e hoje deve estar chegando a uns 85 a 90%”, conta. “Tem umas duas semanas que o movimento está crescendo. Está melhorando, dando para pagar as contas dentro de casa, ajudar a família”, acrescentou.

No Box 8, onde trabalha a vendedora Roseane Santos, as vendas também melhoraram, mas ela confessa que os preços estão mais altos. “A gente tenta diminuir, mas está difícil”, relata. No local, o peixe mais barato, a corvina, custa R$ 23, o quilo, e o mais caro, a pescada amarela em postas, chega a custas R$ 50, também o quilo. Já o camarão pistola alcança a marca dos R$ 32.

Para a empresária Francicarla Teixeira, que já é cliente do centro de compras, a alta dos preços é ainda mais perceptível com a chegada da Semana Santa. “Os preços estão super caros, bem salgados, mas eu já esperava, porque está em cima da hora. Não tive tempo de pesquisar com antecedência, então, acabo sofrendo as consequências”, lamenta.

Quem também percebeu o encarecimento dos produtos foi o bancário aposentado Anísio Mota, que tenta negociar o valor de alguns itens. “Os preços estão caríssimos. O dobro do ano passado. Todo ano eu procuro. Pechinchando, você consegue alguma diferença, mas o preço inicial, em si, é altíssimo”, disse.

Na feira de São Joaquim, a autônoma Paloma Silva também busca na pechincha uma forma de economizar nas compras para a Semana Santa. “Os preços estão muito caros. Dói no bolso do trabalhador”, afirma. “Eu pechincho, mas ainda não consegui nenhum desconto. Estou tentando negociar”, emendou.


De acordo com José Carlos Filho, um dos comerciantes da feira livre mais tradicional da capital baiana, o encarecimento dos produtos dificulta as vendas, mas ainda assim, é possível perceber uma melhoria com relação ao período mais crítico da pandemia. “Com os produtos mais caros, é difícil as pessoas virem comprar em quantidade. A gente vendia castanha de R$ 35, hoje estamos vendendo de R$ 48, a quebrada. Então, as pessoas já ficam receosas de virem fazer as compras”, explica.

“As vendas não estão no pique que eram para estar, mas também não deixam a desejar”, acrescentou o trabalhador, que aceita negociar os preços com os clientes. “Não deixa de ter negociação. O freguês sempre chora”, completou.

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