Economia & Mercado
por Cadastrado por Maurício Viana
Publicado em 20/11/2024, às 15h14 - Atualizado às 15h54
A pressão aumentou nesta quarta-feira (20) para que países ricos sugiram valores para o financiamento da meta climática proposta na COP29 em Baku, Azerbaijão.
Foi recomendada a meta de US$ 1 trilhão (R$ 5,7 trilhões) por ano para que países ainda em desenvolvimento possam enfrentar as mudanças climáticas, conforme foi avaliado por economistas comissionados da ONU.
Em entrevista para a AFP, a ministra do Meio Ambiente da Colômbia, Susana Muhammad, declarou sua preocupação com o andamento das negociações.
"Ninguém coloca um número sobre a mesa. Então é como se estivessem brincando de geopolítica, quem coloca o número primeiro? Se você não coloca, eu não coloco", disse.
"Estamos muito perto da negociação, por isso não há nada para negociar. São necessários trilhões ou mais de dólares anualmente para resolver a escala do problema. E quanto menos investimos, mais caro será a cada cinco anos, porque a mudança climática torna isso impossível", conclui.
Wopke Hoekstra, enviado da União Europeia para o clima, também se manifestou.
"Não creio que faça sentido discutir este tipo de coisas publicamente antes de termos estabelecido uma base clara sobre a nossa posição. Temos que estabelecer um valor", disse.
Foi anunciado que um esboço do acordo poderá ser divulgado na noite desta quarta-feira (20).
"Ouvimos nos corredores cifras de 200 bilhões de dólares propostas. Isso é inimaginável, não podemos aceitá-lo", disse o negociador-chefe da Bolívia, Diego Pacheco.
Segundo a AFP, os países ricos exigem saber como o seu dinheiro público será associado ao que for adquirido por outras formas de financiamento, como fundos privados ou novos impostos globais antes de proporem valores.
Há também o desejo que nações como China e Arábia Saudita, que ainda estão incluídas na lista de países em desenvolvimento, venham a contribuir, devido ao aumento de suas riquezas.
"Todos os que podem e têm uma economia forte devem contribuir para os países em desenvolvimento, não só a China, mas os países do Golfo e outros países devem contribuir de acordo com as suas capacidades", acrescentou Susana Muhammad.
A chanceler alemã Annalena Baerbock acredita que todos devem assumir a responsabilidade.
"Não podemos enfrentar as necessidades de hoje com receitas dos anos 1990. Precisamos do setor privado", disse.
O encerramento da COP29 está agendado para esta sexta-feira (22).
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