Economia & Mercado

Fundos de crédito estruturado estão impulsionando crescimento empresarial; entenda

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Fundos de crédito representam uma ferramenta financeira cada vez mais importante no Brasil  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Freepik
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 02/05/2024, às 18h00



Os fundos de crédito estruturados têm ganhado destaque no cenário financeiro, mostrando-se uma alternativa atraente para investidores e uma ferramenta valiosa para empresas que buscam financiamento. Dentre esses, os instrumentos mais comumente utilizados por esses fundos são os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e o crédito direto. 

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Esses instrumentos financeiros permitem que as empresas captem recursos diretamente no mercado de capitais, oferecendo uma série de vantagens em relação às formas tradicionais de empréstimos bancários. Em 2024, por exemplo, pela primeira vez na história, os CRIs possuem um volume maior de transações que as operações bancárias.

De acordo com Rodrigo Negrini, fundador da empresa Soul Capital, os CRIs e CRAs são títulos de renda fixa que representam promessas de pagamento em dinheiro, sendo lastreados por créditos imobiliários e do agronegócio, respectivamente.

“Emitidos por securitizadoras, esses certificados permitem que investidores comprem créditos a receber de empresas, transformando ativos como aluguéis e recebíveis agrícolas em papéis negociáveis no mercado financeiro”, relata.

A emissão de CRIs e CRAs oferece às empresas uma alternativa de financiamento com custos geralmente mais baixos do que os empréstimos tradicionais. Além disso, por se tratarem de operações de mercado de capitais, não afetam o balanço patrimonial das empresas, possibilitando a manutenção de uma estrutura de capital mais saudável.

“Esses instrumentos também permitem aos empresários diversificar suas fontes de financiamento e alcançar um público mais amplo de investidores”, pontua.

Crescimento dos fundos de crédito direto

Junto aos CRIs e CRAs, os fundos de crédito direto também vêm crescendo em popularidade. Estes fundos investem diretamente em operações de crédito corporativo, oferecendo às empresas uma via direta de acesso a capital sem a necessidade de intermediação bancária tradicional.

“Este método pode ser particularmente atrativo para pequenas e médias empresas que, muitas vezes, encontram dificuldades em obter financiamento nos canais bancários convencionais”, declara.

Negrini acredita que o principal benefício dos fundos de crédito diretos é a possibilidade de customização das condições de crédito, como prazos, taxas e garantias, de acordo com as necessidades específicas de cada empresa. “Isso oferece uma flexibilidade que pode ser decisiva para o planejamento financeiro e crescimento a longo prazo dessas empresas”, revela.

Impacto econômico

A utilização de fundos de crédito estruturados tem um impacto significativo no desenvolvimento econômico, uma vez que facilita o acesso ao capital para uma gama mais ampla de empresas, fomentando o crescimento em setores chave como imobiliário e agronegócio.

“Além disso, ao proporcionar um ambiente de investimento atraente e seguro, esses fundos contribuem para a maturação do mercado de capitais brasileiro”, relata.

Para o especialista, essas soluções representam uma ferramenta financeira cada vez mais importante no Brasil. “À medida que mais empresas passam a entender as vantagens desses fundos, espera-se que sua adoção continue crescendo, trazendo benefícios tanto para o setor empresarial quanto para os investidores”, finaliza.

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