Economia & Mercado

Nova presidente da Caixa diz que irá apurar com rigor denúncias de assédio

Walter Campanato/Agência Brasil
"Isso tem que ser apurado. Eu, como mulher, não acho aceitável que haja indício de assédio sexual", disse Daniella Marques  |   Bnews - Divulgação Walter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 04/07/2022, às 21h54   Redação BNews


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A nova presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Daniella Marques, disse que vai apurar com rigor e independência as denúncias de assédio sexual e moral, ao qual o ex-presidente da Instituição, Pedro Guimarães, foi acusado. Em entrevista ao Estúdio i, da Globo News, ela aproveitou para dizer que a agora a Caixa será “mãe da causa feminina”.

"Isso tem que ser apurado. Eu, como mulher, não acho aceitável que haja indício de assédio sexual (...) tenho que me comprometer que vai ser apurado com rigor, responsabilidade", disse a economista, que será empossada nesta terça-feira (05), durante a entrevista.

Ela afirmou ainda que não pretende perseguir nem proteger ninguém, mas que pessoas precisaram ser afastadas da Empresa: "tinha um grupo de pessoas com cargo de confiança, ligadas ao gabinete, chefe de gabinete. Pessoas que não conheço, não julgo (...) para preservar a instituição, que é o mais importante neste momento, e antes de julgar qualquer coisa, a gente tem que preservar a imagem do banco, o funcionário, resgatar a estima do funcionário", completou Marques.

Sobre os esforços que serão adotados para isso, a nova presidente disse que vai abrir nesta semana um canal de diálogo exclusivo em que funcionárias da Caixa possam relatar casos de assédio. O banco também vai criar um colegiado permanente para trabalhar nesse tipo de apuração e ainda contratará uma empresa independente para ajudar nas investigações de assédio na CEF.

Futuro

Daniella também indicou que junto com ela, a CEF passará por uma mudança. “Eu vou ser a única presidente mulher dos 15 ou 20 maiores brancos do Brasil.  E eu pretendo agora, independente do resultado dessa apuração, e está aprovado, e eu tenho carta branca do Conselho de Administração da Caixa, que essa crise se torne uma grande oportunidade, não só para Caixa, mas para todas nós mulheres. Então a Caixa, que sempre foi o banco de todos os brasileiros, (...) agora também vai ser a ‘mãe da causa feminina’”, anunciou.

A nova presidente afirmou que a Caixa irá trabalhar “não só no combate ao assédio sexual e moral no trabalho”, mas também em outras questões que estão dentro dessa dimensão, como o abuso de meninas, prostituição infantil, violência doméstica, além da “capacitação de liderança na Caixa e promoção de empreendedorismo feminino, como ferramenta de transformação social”.

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