Eleições / Eleições 2022
Publicado em 26/10/2022, às 08h59 Vinícius Dias
Senador da Bahia, Jaques Wagner (PT) foi na contramão do discurso que vem sendo feito em redes sociais questionando a suposta morosidade da Polícia Federal no trato com Roberto Jefferson (PTB), ex-deputado federal que foi preso após descumprir regras da prisão domiciliar, atirar de fuzil e jogar granadas contra agentes da PF.
Segundo Wagner, o trato pacífico da Polícia Federal foi correto porque o presidente Jair Bolsonaro (PL) queria Roberto Jefferson morto para poder questionar as instituições e criar tumulto às vésperas da eleição em segundo turno, que ele disputa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Ele não atingiu o objetivo dele pela inteligência e sagacidade dos membros da PF. Porque depois que ele atirou, se caboclo atira de lá pra cá e mata, ele era o defunto que Bolsonaro queria para tocar fogo nas ruas. Ele disse que não ia se entregar, disse que é líder não sei de quê", iniciou Jaques Wagner em entrevista à rádio Metrópole na manhã desta quarta-feira (26).
Ele completou: "O cidadão estava preso em presídio, saiu com alegação de doença, o Supremo concedeu prisão domiciliar, que todo mundo sabe ter uma série de limitações. Não faz festa, não recebe qualquer tipo de visita, não pode fazer reunião de política e ele estava fazendo tudo. O pessoal viu e disse que era para voltar à cadeia. O tempo todo, o que eles querem é afrontar as instituições".
Segundo Wagner, todo o mundo está de olho na eleição brasileira: "Dessa vez a eleição é diferente. Como está em vários editoriais de jornais estrangeiros, o mundo inteiro está olhando para essa eleição daqui e diz: é uma encruzilhada. O Brasil precisa escolher entre sustentar a democracia e as instituições ou continuar numa marcha batida perigosa para o precipício do autoritarismo, que é o que promete esse senhor sentado na cadeira de presidente desde 2019".
"Foi muito emblemático o episódio do ex-deputado Roberto Jefferson. Um exemplo típico de bolsonarista: a casa entupida de arma de grosso calibre, granada que não é pra estar na mão de civil. O Fuzil é reservado a forças [de segurança]. Depois que o atual presidente resolve mudar a lei de posse das armas, com CAC podendo comprar arma e munição de civil. A casa de Roberto Jefferson é de um ensandecido, é um arsenal de quem quer botar desordem no país", finalizou.
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