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Lúcio Vieira Lima provoca escolha da vice de ACM Neto: 'politicamente, um desastre'

Joilson César/BNews
Em entrevista ao BNews, presidente de honra do MDB na Bahia reagiu à escolha da empresária Ana Coelho (Republicanos)  |   Bnews - Divulgação Joilson César/BNews

Publicado em 04/08/2022, às 19h20   Daniel Brito


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O ex-deputado federal e presidente de honra do MDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima, reagiu nesta quinta-feira (4) à escolha da empresária Ana Coelho (Republicanos) para compor a chapa de ACM Neto (União Brasil) na disputa pelo governo do Estado.

Em entrevista ao BNews, o cacique ironizou os comentários feitos pela oposição sobre a indefinição que houve de início na chapa governista e afirmou que a escolha de Ana Coelho como vice do ex-prefeito de Salvador foi "politicamente, um desastre".

"Nada como um dia após o outro. No início do processo, quando o candidato [do governo] era Wagner, depois passou a ser Otto [Alencar] e terminou com Jerônimo, eles ficavam dizendo que batiam cabeça, que havia crise na chapa do governo, e agora tem uma crise dessas onde, na escolha do vice, movimentou-se tudo e de repente veio a surpresa. Apesar de eu reconhecer o valor da figura da empresária Ana Coelho, politicamente foi um desastre para o grupo da oposição", provocou.

O emedebista ainda comentou o fato de o ex-prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo, e o deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos) terem sido preteridos dentro do grupo oposicionista.

"Tem uma história e representa o segundo maior colégio eleitoral da Bahia, mas acabou sendo deixado de lado. Nilo, que foi elogiadíssimo por ser dissidente do governo, inclusive saiu disparando, e teve sua vinda para a oposição muito comemorada por ser uma das razões que poderia levá-la à vitória, acabou sendo descartado", citou.

Para Lúcio, a escolha de Ana Coelho e o fato de Zé Ronaldo e Nilo terem sido deixados de lado são claros sinais de que a candidatura do União Brasil estaria "derretendo", enquanto, segundo ele, a de Jerônimo Rodrigues (PT) segue na direção contrária, ou seja, crescendo.

"Me solidarizo com Zé Ronaldo, que é um homem com uma carreira política reconhecida por todos. Quando não cumprem um compromisso com ele, estão dizendo 'não' não apenas a Zé Ronaldo, mas a Feira de Santana. E Feira de Santana saberá se manifestar nas urnas com essa desatenção de não escolher um filho da cidade", projetou.

"[Nilo] foi presidente da Assembleia Legislativa por seis anos. Nesse caso, não é apenas um 'não' a Marcelo Nilo, mas também ao poder legislativo, à classe política. Traz um cidadão com um compromisso de fazer parte da chapa, a pessoa compromete, libera seus votos que teria como candidato à reeleição e recebe um 'tchau, querido'", completou.

Conforme mostrou mais cedo o BNews, Zé Ronaldo não ficou muito satisfeito de não ser o escolhido e teria, segundo fontes, se revoltado na sede do União Brasil e ameaçado romper com a base do ex-prefeito de Salvador. Porém, em coletiva após o anúncio, ACM Neto negou que as ameaças tenham ocorrido.

Por fim, o cacique também comentou o escanteamento de siglas como o PSDB e o PDT da escolha final de Neto. "O PSDB tem uma história de apoio, desde sempre apoia ACM Neto e, no entanto, só serve para apoiar. Não serve para ser colocado no lugar de vice. O PDT ainda apoiou desde a prefeitura, indicando Ana Paula [Matos, vice-prefeita de Salvador], mas não está na chapa. Tudo isso cumlinou em muita insatisfação. Teve mais perdas com os aliados do que ganhos", afirmou Lúcio Vieira Lima.

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