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O dia em que Palmirinha revelou o capítulo mais triste da sua vida

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Vovó Palmirinha morreu neste domingo (7) após um agravamento de problemas renais  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Gazeta
Nilson Marinho

por Nilson Marinho

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Publicado em 07/05/2023, às 14h40 - Atualizado às 15h53


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Vovó Palmirinha era uma doce senhora. De voz mansa, preparava receitas simples – mas não menos saborosas – e afetivas para milhões de amiguinhos, como costumava chamar seus telespectadores. O que quase ninguém sabia é que a apresentadora teve um passado triste, marcado por violência desde seus primeiros anos de vida.

Palmirinha era filha de uma imigrante italiana e de um baiano. À medida que ia crescendo, começou a se parecer cada vez mais com a mãe, uma mulher descrita por ela como "muito bela e forte". A menina se tornou o xodó do pai, mas isso causou em sua genitora uma espécie de ciúme, sentimento que com o tempo foi transformado em ódio.

“Meu pai tratava bem os outros filhos, mas não tinha a paixão que tinha comigo. Como minha mãe era uma italiana muito severa, não aceitava carinho, então, aquele carinho que ele queria fazer na minha mãe, fazia em mim. Ela ficou com raiva de mim e me maltratava muito. Apanhei muito, com vara de marmelo [...]”, contou a apresentadora à jornalista Marília Gabriela, no programa “De Frente com Gabi”, no SBT.

Aos 6 anos, Palmirinha foi “adotada” por uma rica senhora francesa que prometeu que a pequena receberia uma espécie de salário para ser sua “dama de companhia”. A mulher cumpriu com o prometido, mas a apresentadora precisou voltar para casa aos 14 anos depois da morte do pai. Vinha aí um dos capítulos mais tristes da vida dela.

Aos 16 anos, por 5 mil réis, a mãe de Palmirinha a “vendeu” para um fazendeiro. Ao chegar em casa, depois de um dia de trabalho em uma loja, a jovem avistou o desconhecido em sua cama. "Cheguei em casa e entrei no quarto, nós morávamos em uma casa de madeira, parede e meia com a casa de uma tia minha. Eu comecei a tirar a roupa para ir tomar banho, para colocar a camisola e dormir, para voltar ao trabalho no dia seguinte. Quando eu comecei a tirar a roupa, ele estava na cama. Eu comecei a gritar e minha tia, que morava ao lado, ouviu. Ela sabia que minha mãe era assim , quebrou a parede e me tirou de lá", comentou ainda durante a entrevista. 

Palmirinha não guardou mágoas e cuidou da mãe até o dia em que ela morreu. A apresentadora Palmira Nery da Silva Onofre, seu nome de batismo, partiu neste sábado (7), aos 91 anos, após um agravamento de problemas renais crônicos, informou a família nas redes sociais.

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