Esporte

Grupo político apresenta proposta de cota para negros e indígenas no Conselho Deliberativo do Bahia

Felipe Oliveira/EC Bahia
Bnews - Divulgação Felipe Oliveira/EC Bahia

Publicado em 18/11/2021, às 20h19   Redação Bnews


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A Convergência Tricolor apresentou, na.quarta feira (17), uma proposta de alteração do Artigo 49 do Estatuto do Esporte Clube Bahia, que fala sobre a proporcionalidade nas vagas destinadas ao Conselho Deliberativo. A proposta do grupo busca ampliar oportunidade nas chapas que concorrem às eleições do clube. 

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O documento, que foi protocolado por todos os conselheiros eleitos, sugere que as chapas que disputarem os pleitos eleitorais deverão ter no mínimo 20% (vinte por cento) de pessoas autodeclaradas pretas, pardas ou indígenas em sua composição, sendo distribuídas proporcionalmente. 

Para Juaneysson Silva, conselheiro e representante da Convergência Tricolor, a ação reforça a luta a favor da diversidade em um espaço predominantemente branco. “Nossa proposta faz com que tenhamos equidade dentro do Esporte Clube Bahia. Infelizmente, os poderes do clube ainda têm predominância branca em um estado majoritariamente negro. Uma proposta como esta fará com que todos os grupos políticos sejam mais inclusivos e os negros estejam nas chapas não apenas para compor entre os últimos nomes, mas sim em posições com boas chances de serem eleitos”, afirma. 

Já Luciano Nascimento, representante do grupo e conselheiro, acredita que a proposta é um progresso em um dos estados mais negros do país. “A proposta representa um grande avanço no processo democrático no Esporte Clube Bahia, trazendo de fato a representatividade para o Conselho Deliberativo que passaria a ter mais a cara da torcida tricolor”. 

Na matéria, foram sugeridos três nomes para um debate interno antes da avaliação: Cassia Virginia Bastos Maciel, psicóloga e pró-reitora de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil da UFBA; Samuel Santana Vida, professor de Direito da UFBA e coordenador do Programa Direito e Relações Raciais (PDRR/UFBA) e Vilma Maria dos Santos Reis, socióloga, ativista e ex-ouvidora Geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia.

O requerimento ainda passará por apreciação no Conselho Deliberativo. Caso seja aprovado, é possível que já seja válido na eleição de 2023.

Classificação Indicativa: Livre

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