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Clubes das séries A e B divulgam nota questionando divisão de receitas da Libra

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Em reunião realizada na última sexta-feira (6) os clubes publicaram uma nota de repúdio aos termos da Libra  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 07/05/2022, às 15h30   Redação Galáticos Online


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Vários clubes que disputam as séries A e B do Campeonato Brasileiro divulgaram uma nota questionando a proposta de divisão de receitas assinada por oito times para a criação da Liga do Futebol Brasileiro (Libra). 

Em reunião realizada na última sexta-feira (6), as equipes formularam e publicaram uma nota de repúdio aos termos apresentados pela Libra. O assunto central são os percentuais de divisão de receitas. A proposta inicial foi criada por Flamengo e clubes paulistas. 

Até o momento, Corinthians, Red Bull Bragantino, Flamengo, Palmeiras, Santos, São Paulo, Ponte Preta e Cruzeiro assinaram a criação da Libra com os seguintes termos: 40% repartidos de forma igualitária, 30% variável por performance e 30% variável por engajamento e audiência.

Na reunião, o novo bloco de clubes que disputam as séries A e B do Brasileirão apresentaram uma nova proposta de divisão: 50% repartidos de forma igualitária, 25% por performance e 25% por engajamento. 

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Confira os clubes que assinaram e divulgaram a carta: Athletico, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Ceará, CSA, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Náutico, Operário-PR, Sampaio Corrêa, Sport e Vila Nova. 

Nota na íntegra: 

A maioria dos clubes de futebol integrantes das séries A e B do Campeonato Brasileiro segue em seu esforço pela criação da Liga de Clubes e, com esse objetivo, se reuniu na tarde desta sexta-feira para discutir os critérios que nortearão, em bases sustentáveis e justas, o equilíbrio de forças no futuro.

Entre os assuntos debatidos, o mais relevante foi a divisão de receitas de forma que contribua de fato para o aprimoramento da competição, tornando menos desiguais as condições de competitividade atuais.

Os termos aceitos em São Paulo por outros 6 clubes perpetuam o abismo que existe hoje, ao manterem a parte igualitária das receitas em 40%, enquanto nos campeonatos mais bem sucedidos este percentual pode chegar a 68% somando todos os direitos domésticos, internacionais e de marketing, caso da Premier League, por exemplo.

Não é aceitável que haja clubes ganhando 6 vezes mais do que outros, enquanto nas melhores Ligas do mundo essa diferença não ultrapassa 3,5 vezes.

Outro ponto a ser aprimorado é a adoção de premissas que não privilegiem pilares de difícil aferição, em especial ao que tange a engajamento. Tais critérios, na visão da maioria dos clubes que participaram da reunião, apenas perpetuam a posição de superioridade de alguns sobre outros, não dando a oportunidade de maior equilíbrio dos campeonatos.

A criação da Liga entre os 40 clubes será a oportunidade de se mudar efetivamente o futebol brasileiro e esse objetivo não pode se subordinar a interesses individuais de alguns, petrificados há décadas na superioridade de recursos. Sabemos que não seria justo buscar igualdade total de receitas, mas sim equanimidade e melhor distribuição.

O futebol brasileiro não avançará sem que haja um consenso entre os 40 clubes das séries A e B de que a justa distribuição de receitas gerará maiores oportunidades na disputa.

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