Copa do Mundo: "Se eu estivesse lá, o pau ia torar no vestiário", diz Cristiane sobre eliminação da seleção brasileira

A atacante Cristiane Rozeira, segunda maior artilheira da história da seleção brasileira, ficou de fora da Copa do Mundo Feminina e preferiu permanecer calada sobre a decisão da técnica Pia Sundhage. Porém, desde a eliminação precoce do Brasil, caindo na fase de grupos do Mundial, a atacante do Santos quebrou o silêncio e criticou muito a passividade da equipe, em entrevista à Trivela.

"Eu não sei se as pessoas têm noção do quanto foi grave essa eliminação. Acho que as pessoas ainda não se ligaram da gravidade, do que foi ter saído da Copa do Mundo dessa maneira. É extremamente vergonhoso", criticou Cristiane.

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O Brasil ficou em terceiro colocado no Grupo F, atrás da França e Jamaica. Na última quarta-feira (2), a seleção empatou em 0 a 0 contra a Jamaica e foi desclassificada da Copa, com apenas uma vitória, um empate e uma derrota.

"É inaceitável por tudo o que foi construído em todos os anos na seleção brasileira e também por tudo o que foi dado agora [na atual edição], que foi bem mais do que em 2019, quando a gente foi para a Copa. Eles fizeram o que é obrigado, porém, em aspecto de campeonato que a gente tem hoje, de competitividade que a gente tem hoje dentro do país, de patrocínio, de marketing, de lado financeiro… Tinha que ter ido mais longe", disse.

Segundo Cristiane, sua persoanalidade forte a impede de trabalhar com Pia.

"A passividade, principalmente a que a comissão técnica teve na beira do campo. Isso me irritou muito num nível, sabe? É por isso que eu não estava lá, porque a minha reação não ia ser aquela", começou.

"Se eu estivesse lá, o pau ia torar no vestiário. Eu não sou assim, essa pessoa passiva, de só aceitar que está saindo fora da maior competição que existe no planeta de boa. Eu tô muito brava", garantiu Cristiane.

Aos 38 anos, e atualmente defendendo a camisa do Santos, a atacante não pensa em se aposentar. Capitã e artilheira das Sereias da Vila na temporada, com 11 gols em 21 jogos, ela já mira as Olimpíadas de Paris 2024.

"Enquanto o físico estiver aguentando bem, eu vou continuar. Não desisti. Eu sempre tive o objetivo, a dedicação. Eu nunca neguei isso pra seleção. Muito pelo contrário, sempre trabalhei, sempre me dediquei e sempre fui eu para ser convocada", disse.

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