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"Achei que tinha sofrido um tiro", comenta motorista vítima do ataque ao ônibus do Bahia

Leonardo Sousa / Montagem BNews
Ônibus do Bahia sofreu um atentado na noite desta quinta-feira (24) antes do jogo contra o Sampaio Corrêa  |   Bnews - Divulgação Leonardo Sousa / Montagem BNews

Publicado em 25/02/2022, às 12h19   Brenda Viana e Leonardo Sousa


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Em tempos normais, os baianos e turistas estariam se preparando para o Carnaval de Salvador. Mas, com a pandemia da Covid-19, os jogos seguem ocorrendo normalmente na capital baiana. No entanto, com a atual situação do Esporte Clube Bahia, alguns torcedores, não satisfeitos, fizeram da região próxima ao Bonocô um quase campo de guerra. O ônibus do clube sofreu um atentado e foi apedrejado.

Quem passava pelo local por volta das 19 horas, confirmou que a cena era de cinema, porém, da vida real. A professora Christiane Barroso, de 50 anos, estava se deslocando para a casa dos pais, no bairro do Garcia, em Salvador, quando se viu no meio do fogo cruzado. 

A princípio, a educadora não sabe quem teria cometido o ataque, mas percebeu a tempo que a bomba tinha explodido dentro do ônibus. "Eu ouvi um estrondo muito forte, uma nuvem de fumaça dentro do carro", explicou ao BNews. 

“Achei que tinha sofrido algum um tiro (...). Eu não consegui ver porque assim, dentro do carro ficou muita fumaça, aí eu olhei para a lateral… mas eu não consegui identificar ninguém, então não posso dizer. Passou pela minha cabeça que era um ataque, que tinha alguma coisa sendo levada, mas eu não vi que era o ônibus do Bahia, eu só vi que estava cheio de fumaça, mas eu não vi o símbolo do Bahia”, falou a educadora.

Ela ainda contou que, após o ocorrido, manteve a calma e seguiu até a entrada da Fonte Nova. O segurança percebeu o estado da professora e autorizou a entrada dela no local. “Continuei seguindo e consegui chegar na Fonte Nova onde eu parei. Eu gostaria muito de agradecer ao porteiro, ao segurança que me prestou atendimento, me deu a água… E os policiais vieram, começaram a esclarecer que teria sido Ataque ao ônibus do Bahia e que tinha sido bombas caseiras”, explicou.

Christiane Barroso contou também que vai precisar acionar o seguro do carro porque a parte lateral do veículo foi atingida no momento do atentado. Além disso, a pressão psicológica que a professora sofreu será avaliada após uma consulta médica. 

“[Tinha] cacos de vidro dentro do meu cabelo ,vários retirados hoje.  Eu tinha minha pressão 11 por 7, hoje deu 14 e saindo daqui eu vou providenciar ir ao médico para ver como eu estou emocionalmente, porque é um baque muito forte, é um momento de você se ver em estado de guerra”, contou. Além do psicológico, estilhaços de vidro atingiram os pés da motorista. “O meu carro ficou bem danificado, vou ter que acionar o seguro e ver qual é a condição dele”, prosseguiu. 

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