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Defensoria critica divulgação de imagem de influenciador que fingiu furto de celular

Vicson Ribeiro Paulo, 19 anos, gravou vídeo com amigos em que simulava um furto e imagem viralizou - Reprodução/Instagram
Vicson Ribeiro Paulo, 19 anos, gravou vídeo com amigos em que simulava um furto e imagem viralizou  |   Bnews - Divulgação Vicson Ribeiro Paulo, 19 anos, gravou vídeo com amigos em que simulava um furto e imagem viralizou - Reprodução/Instagram

Publicado em 26/01/2022, às 07h29   Redação BNews


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A Defensoria Pública do Rio de Janeiro criticou a divulgação feita pela Polícia Civil da imagem do influencer do TikTok, Vicson Ribeiro Paulo, 19 anos, que fingiu um furto de celular na praia de Copacabana, no último fim de semana.

As imagens viralizaram nas redes sociais e os jovens foram identificados e chamados para depor na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Um registro de Vicson e amigos na delegacia foi divulgada pela polícia, o que gerou a repercussão e a associação com se fossem, de fato, criminosos.

Desde janeiro de 2014, uma decisão da 1ª Vara de Fazenda Pública da Capital, após Ação Civil da Defensoria Pública proíbe a divulgação da imagem de presos.

O coordenador de Infância e Juventude da Defensoria Pública, Rodrigo Azambuja, lembrou que, além da decisão de 2014, o Estatuto da Criança e do Adolescente veta a divulgação de imagens, nomes, procedimentos e qualquer ato praticado em investigações policiais e em processos judiciais que envolvam adolescentes e que os responsáveis estão sujeitos ao pagamento de multa.

"A gente lamenta a divulgação desses vídeos e das imagens desses adolescentes. Isso porque existe uma compreensão de que adolescência é uma fase difícil, que o decurso do tempo faz com que esses comportamentos, tido como infracionais, deixem de acontecer. Os objetivos da justiça juvenil são promover a integração social desses adolescentes e, quando se divulga a imagem deles, permitindo sua identificação, atribuindo uma pecha, uma mancha criminal/infracional, há uma dificuldade enorme de promover esses objetivos. Essa é a razão pela qual esses processos são sigilosos e não poderia haver divulgação dessas imagens", disse Azambuja. As informações são do Extra.

Vicson foi autuado por apologia ao crime por publicar o vídeo com a encenação do furto. Já os adolescentes vão responder por fato análogo à apologia ao crime.

O advogado André Leiras, titular da delegacia, reforçou que tudo não passou de uma "brincadeira de mau gosto".

"Não passou de uma encenação, de uma brincadeira de mau gosto. Analisamos o aparelho utilizado para gravar o vídeo e verificamos haver vários vídeos, como se fosse um ensaio para o vídeo final. As pessoas que seriam as supostas vítimas são todas amigas. O que nos deixou convencidos foi a sequência de vídeos repetitivos", explicou.

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