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Japão anuncia descarte de água radioativa de Fukushima; entenda

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Decisão do Japão causou reações negativas em países vizinhos  |   Bnews - Divulgação Foto: Roméo A./Unsplash

Publicado em 23/08/2023, às 18h36   Cadastrado por Victória Valentina


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O Japão anunciou, na última terça-feira (22), que iniciará o descarte da água radioativa da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico ainda nesta semana. Segundo o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, o início da operação está previsto para quinta-feira (24). O tema tem preocupado países vizinhos.

A usina de Fukushima acumulou mais de 1,3 milhão de toneladas de água devido aos esforços de limpeza da central, após um acidente nuclear em 2011 causado por um tsunami que atingiu a costa do Japão, provocando o derretimento de três reatores.

De acordo com a Tokyo Electric Power Company Holdings Inc., que gerencia a usina, a operação pode levar cerca de 30 anos e deve ser feita “com cuidado e em pequenas quantidades”.

Apesar de alguns governos terem manifestado apoio ao Japão, outros não ficaram tão satisfeitos assim, como a China, que classificou a decisão como "extremamente egoísta".

"O oceano sustenta a humanidade. Não é um esgoto para a água contaminada por energia nuclear do Japão. Se a água contaminada com energia nuclear de Fukushima for verdadeiramente segura, o Japão não teria que dispensá-la no mar", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin. 

Outro país que se opôs foi a Coreia do Sul, que expressou preocupação e alertou que medidas podem ser tomadas caso o Japão conduza a operação "de maneira inconsistente com os padrões". 

"Nosso governo mobilizará todos os meios e medidas disponíveis e fará esforços até que as pessoas tenham certeza sobre a segurança", afirmou o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Han Duck-soo.

Além dos embates com outros países, o governo enfrenta críticas de seus próprios cidadãos. Pescadores japoneses temem que o descarte da água radioativa no má interfira negativamente no setor.

O primeiro-ministro japonês ainda anunciou a criação de dois fundos que somados chegam ao valor de 80 bilhões de ienes para responder a qualquer prejuízo que pescadores locais possam ter com o descarte da água de Fukushima.

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