Rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia decide por fim aos ataques em Kiev

Após a rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia, realizadas na manhã desta terça-feira (29) em Istambul, na Turquia, ficou decidido que as tropas russas vão parar de atacar Kiev e os arredores da capital ucraniana. O anúncio foi feito pelo vice-ministro da Defesa russo, Alexander Fomin

De acordo com o portal G1, na reunião a Ucrânia propôs a neutralidade o que significa que o país não pode fazer parte de alianças militares, como a Otan, nem hospedar bases militares em seu território. E em troca pediu garantias de segurança para Kiev. Na proposta ucraniana também incluía um período de consulta de 15 anos sobre o status da Crimeia anexada que poderia entrar em vigor apenas no caso de um cessar-fogo completo.

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Um documento com as conclusões do encontro será divulgado ainda hoje. A Rússia informou que falará apenas quando os membros da delegação, que participaram da rodada de negociações, chegarem em Moscou. Mas, é sabido que os principais temas debatidos na reunião de hoje na Turquia foram: garantias de segurança para as cidades ucraniana e a organização de um cessar-fogo por questões humanitárias.

Em Istambul, as delegações dos dois países foram recebidas pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que pediu o fim imediato da guerra. "As partes têm preocupações legítimas, é possível chegar a uma solução que seja aceitável para a comunidade internacional. A prorrogação do conflito não interessa a ninguém", afirmou. "O mundo inteiro espera boas notícias", disse o líder turco aos negociadores.

Ao fim da reunião, o conselheiro político do governo da Ucrânia Mykhailo Podolyak disse acreditar no fim da guerra. "As conversas que acontecem agora focam em questões importantes. Uma delas são as garantias internacionais de segurança para a Ucrânia e a segunda é o cessar-fogo para que possamos resolver problemas humanitários que se acumularam no país. Com esse acordo seremos capazes de dar um fim à guerra".

Do lado russo, o negociador Vladimir Medinsky afirmou na televisão estatal do país que os dois lados devem produzir uma declaração conjunta já nesta terça-feira. A delegação enviada pelo Kremlin vai exigir da Ucrânia garantias de neutralidade.

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