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Ex-secretário é condenado por perseguição e violência psicológica

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Ex-secretário teria cometido violência doméstica contra ex-mulher  |   Bnews - Divulgação Reprodução / TV Globo

Publicado em 16/12/2023, às 10h33   Cadastrado por Edvaldo Sales


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O ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, foi condenado a 1 ano, 9 meses e 20 dias de reclusão pelos crimes de perseguição, violência psicológica e descumprimento de medida protetiva concedida à ex-mulher dele, a economista aposentada Maria Eduarda Marques de Carvalho.

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A vítima denunciou o ex-marido no fim de 2021, por violência doméstica durante os 25 anos em que os dois estiveram casados. Logo após a divulgação das denúncias, Pedro Eurico pediu afastamento do governo de Pernambuco.

A juíza Patrícia Caiaffo de Freitas Arroxelas Galvão, da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher de Olinda, publicou a sentença na tarde de quinta-feira (14). Pedro Eurico também foi multado em 148 dias à razão de 1/30 do salário mínimo. Isso corresponde a R$ 6.512, considerando o salário mínimo atual, de 1.320.

De acordo com o g1, a defesa de Pedro Eurico disse que vai recorrer da sentença e afirmou que a decisão “desconsiderou as provas testemunhais e documentais apresentadas”.

A condenação em regime fechado se refere a crimes cometidos antes da divulgação das acusações contra Pedro Eurico sobre violência doméstica. Há outras denúncias em tramitação na Vara Criminal do Recife que tratam de violência doméstica.

Também ao g1, a defesa disse que a medida protetiva foi descumprida antes mesmo da divulgação das acusações contra Pedro Eurico. O advogado Artur Carvalho, que também é pai de Maria Eduarda, contou que ela morava com ele na Jaqueira e, toda vez que ela tentava se separar dele, ele a ameaçava de morte.

“Ela saiu de casa e foi morar com a mãe, no mesmo bairro, mas ele foi atrás dela, porque era perto. Aí ela se mudou para um apartamento na beira-mar de Olinda, e ele tentou arrombar a porta. Foi quando ela conseguiu uma medida protetiva. Ele tinha que ficar a 300 metros dela. Mas ele, que morava no Recife, passou a ir para Olinda dizendo que ia se exercitar, e continuou descumprindo a medida”, disse o advogado.

Mesmo separada do ex-secretário Maria Eduarda afirma que sente medo. “Na verdade, nada do que ele fez comigo durante todos os anos que sofri vai ser pago de alguma forma. Os meus traumas, as noites que eu acordo assustada, com medo, escutando a voz dele. O tempo não volta. Mas não quero pensar nisso. Quero pensar que a justiça está sendo feita nesse momento”, disse.

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