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Hospitais têm filas para regulação de pacientes por causa do aumento de casos de problemas respiratórios

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Um homem morreu na UPA enquanto aguardava por leito na UTI de um hospital  |   Bnews - Divulgação Reprodução- Sesau - Al

Publicado em 28/06/2022, às 09h33 - Atualizado às 09h34   Redação


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A rede pública hospitalar em Alagoas está congestionada devido ao aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesau). Essa situação gerou fila de espera para transferência de pacientes das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

De acordo com o G1, um homem de 59 anos morreu nesta segunda-feira (27) enquanto aguardava transferência para UTI pois estava com os pulmões comprometidos por uma enfisema pulmonar. Ele estava internado há sete dias na UPA do Benedito Bentes, na cidade de Marechal Deodoro.

"Chegando lá [na UPA] ele passou o dia na terça-feira e foi intubado na quarta-feira. A gente ficou nessa luta, atrás de uma regulação que a UPA pede ao estado, para ser transferido para uma UTI, no HGE ou no Metropolitano. A gente precisava dessa UTI para que ele fosse tratado melhor. Infelizmente ele não conseguiu. A gente tentou de várias formas e hoje ele veio a falecer", relatou o sobrinho do paciente, Otoniel Salgueiro.

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Sobre essa situação desse paciente, a Sesau informou que ele recebeu assistência multidisciplinar enquanto esperava pela transferência. Disse ainda que isso, em condições normais, é feita em 48 horas, mas devido ao congestionamento da rede pública hospitalar não foi possível cumprir esse prazo estimado.

A assessoria da UPA do Benedito Bentes informou que para fazer a transferência para UTI, a unidade depende da regulação estadual. No momento, cinco pacientes internados aguardam transferência.

Na UPA do Francês a situação é parecida. Familiares de José Cláudio dizem que ele está internado há seis dias por causa da diabetes aguardando um leito na UTI. "[Ele está] com dificuldade de respirar, não está tomando mais água, quando bota qualquer líquido na boca dele, ele tosse", disse Claudiana da Silva, filha do paciente. "Aqui não tem nenhum suporte, que o médico falou. Nenhum suporte para tratar o que ele tem", lamentou.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Marechal Deodoro, informou que também aguarda a liberação de leitos por parte da regulação estadual. A coordenadora da Unidade disse que mais dois pacientes estão precisando de tratamento em UTI e ainda esperam a transferência.

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