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Policial militar relata homofobia dentro de quartel: “Não é frescura”

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Relatos de testemunhas apontam que outros PMs foram até a casa do policial militar fazer ofensas verbais  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Google Street View

Publicado em 05/08/2023, às 12h38   Cadastrado por Pedro Moraes


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O rigor instaurado dentro de uma base policial perpassou pela ética entre colegas. Um policial militar do Maranhão, lotado no 26° Batalhão de Polícia Militar (BPM), na cidade de Açailândia, denunciou a conduta de outros agentes durante o trabalho. Ele mencionou que foi vítima de homofboia e tortura, e, em um dos casos, os suspeitos o humilhou próximo a sua casa.

Com o caso, a Rede Cidadania de Açailândia, uma organização que contempla membros da sociedade civil e entidades que lutam pelos direitos humanos, tomou conhecimento da situação por meio da publicação de uma carta, escrita pelo próprio policial militar. Até o momento, a identidade dele não foi revelada.

Segundo o denunciante, o BPM negligenciou os seus apelos, e, consequentemente, o cenário provocou depressão nele. As informações são do portal g1.

“Digo ao major Nunes, que depressão não é frescura. Digo também a ele que o seu pedido de perdão não deve ser direcionado a Deus, mas sim às suas vítimas. Fui esquecido pelos meus irmãos… Obrigado a todos os que me ajudaram e que nos últimos dias mandaram mensagens de conforto. Agora estarei junto aos que me amaram e também com aqueles que me amam”, lamenta o PM em um trecho da carta.

No mês passado, o agente pediu ajuda ao Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán (CDVDH/CB) de Açailândia, onde comentou que sofreu discriminação, bem como tortura. O caso foi denunciado à Polícia Civil do Maranhão e ao Ministério Público (MP-MA).

Ainda conforme a publicação, o Ministério Público do Maranhão relatou que apura a denúncia. Em contrapartida, a Polícia Militar atestou que nenhum caso de discriminação será tolerado, mas que não recebeu denúncia de crime de lgbtfobia na corporação.


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