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Vídeo: Sururu reaparece e catadores comemoram em Maceió

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Considerado referência na culinária do estado e fonte de sustento para muitas famílias que catam o molusco para vender, o sururu é Patrimônio Imaterial de Alagoas desde 2014  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Vídeo

Publicado em 08/03/2023, às 11h20 - Atualizado às 11h20   Cadastrado por Bruno Guena



O sururu voltou a aparecer em alguns pontos da Lagoa Mundaú, em Maceió (AL). Ao se deparar com o molusco, o catador Adeilton Palmeira não conteve a emoção e, ao lado de outros catadores comemoraram pulando e dançando. O vídeo que foi gravada por Adeilton, rapidamente viralizou nas redes sociais.

Também chamado de mexilhão, ele é bastante típico na costa nordestina do Brasil e o ingrediente principal para receitas tradicionais de Alagoas, como o Caldo de Sururu ou a Moqueca de Sururu.

Considerado referência na culinária do estado e fonte de sustento para muitas famílias que catam o molusco para vender, o sururu é Patrimônio Imaterial de Alagoas desde 2014. Porém, a má condição do ambiente, a oscilação da salinidade da água e o surgimento de uma espécie invasora que disputa o mesmo habitat têm feito o tradicional molusco desaparecer.

As imagens foram feitas na última sexta-feira (2). Adeilton disse que um amigo pescador informou que alguns sururus ficam presos à sua rede de pesca, então ele decidiu procurar os moluscos na água.

Entretanto, a alegria em ter reencontrado o sururu durou somente alguns dias. Ao G1, o catador informou que o molusco que reapareceu é pouco e pequeno.

"Não está como antigamente, está muito fraco. Não tem sururu suficiente para todo mundo trabalhar", explicou o catador.

O professor Emerson Soares, pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), afirmou que o retorno do sururu foi em apenas pontos isolados da lagoa. Por isso, é necessário ter cuidado quanto ao manejo do molusco.

"É momento de políticas de ordenamento das atividades para entender e proteger o sururu nativo, mesmo entendendo que as marisqueiras estão passando por momentos graves há mais de um ano", alerta o professor.

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