Polícia
Publicado em 30/07/2022, às 12h06 Redação BNews
O anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso acusado de estuprar uma grávida durante o parto no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, ainda não conseguiu um advogado para fazer sua defesa. O processo corre em segredo de Justiça.
De acordo com o jornal Extra, o advogado de uma suposta vítima disse que a Justiça deu dez dias para que a Defensoria Pública designe um defensor para o médico, o que ainda não foi feito. Procurada pela reportagem, a Defensoria não se posicionou sobre o caso.
"Ele ainda não constituiu defesa. O primeiro advogado que iria assumir desistiu. Como é um processo penal, ele precisa de um advogado e, então, a Defensoria Pública vai cuidar do caso. O juiz vai determinar que a Defensoria assuma em dez dias. Além disso, não existe nenhum pedido de soltura para esse homem" disse o advogado Joabe Sobrinho, que defende a primeira grávida que deu à luz durante o parto em que o anestesista atuou, no Hospital da Mulher, em 10 de julho.
O advogado ainda comentou as possíveis tentativas da defesa do médico de desqualificar o vídeo.
"Algumas pessoas estão dizendo que o vídeo seria ilegal, que viola o direito de imagem, que pode anular o processo e ele pode ser solto e, inclusive, processar a equipe médica. Isso é fake news. Isso não existe. Não existe direito de imagem de um homem que está estuprando uma mulher em um local público. Ou seja, ali é um local público e não precisa de autorização. Ademais, se formos pensar no direito de imagem de um estuprador cometendo um delito em local público, versus a intimidade, a honra e a saúde e a vida da vítima, isso iria sobrepor a alegação dele".
Giovanni Quintella está preso desde 10 de julho, na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, também conhecida como Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Segundo a reportagem, o anestesista está na cela que abrigou o ex-deputado federal Roberto Jefferson.
No último dia 19, o médico foi indiciado pela Polícia Civil por estupro de vulnerável, em caso conduzido pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti. O Ministério Público estadual aceitou o indiciamento e o denunciou à Justiça, que por sua vez o tornou réu. A decisão é do juiz Luís Gustavo Vasques, da 2ª Vara Criminal de São João de Meriti, do Tribunal de Justiça do Rio.
O anestesista foi suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), que abriu processo ético-disciplinar. A SES informou, na ocasião, que abriu uma sindicância e notificou o Cremerj. A Secretaria informou ainda que a direção do Hospital da Mulher Heloneida Studart presta apoio à vítima e familiares.
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