Polícia

Após ser ‘impedido’ de ser preso, médico que retirou ilegalmente órgão de criança é detido; entenda

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O médico havia sido condenado por 21 anos e oito meses, após crime cometido no ano de 2000  |   Bnews - Divulgação Redes Sociais/Reprodução
Cadastrado por Pedro Moraes

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Publicado em 10/05/2023, às 07h25


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Um médico foi preso em operação conjunta dos ministérios públicos de Minas Gerais e São Paulo, após ter sido condenado em abril do ano passado. A razão envolveu a morte e a retirada de órgãos de uma criança, de 10 anos, de forma ilegal, no ano de 2000. Identificado como Álvaro Ianhez, o médico tem 76 anos. 

Anteriormente, Ianhez havia sido condenado a cerca de 21 anos e oito meses, porém tinha uma liminar que impossibilitava sua prisão. Pertencente a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro Rogério Schietti Cruz foi o responsável por cassar a liminar que impedia a execução da pena imposta ao médico. 

Em virtude disso, os MPMG e MPSP organizaram a operação que foi responsável por prender Ianhez no município de Jundiaí, situado no interior do estado de São Paulo. O médico foi condenado por homicídio duplamente qualificado, pela morte e retirada ilegal de órgãos do menino Paulo Pavesi, de somente 10 anos. 

A princípio, a criança sofreu um traumatismo craniano, na data de 19 de abril de 2000, após sofrer uma queda do prédio onde residia, em Poços de Caldas (MG). Conforme a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, e que foi acolhida pelo Tribunal do Júri, na manhã seguinte à entrada de Pavesi no hospital, o médico garantiu que o menino teve morte encefálica, ciente de que ele estava vivo.

Intitulado de coordenador da MG Sul Transplantes, Ianhez retirou os rins e as córneas de Paulo Pavesi. Dessa forma, ele desobedeceu a Lei de Transplantes, ao enviar os rins a pacientes dele e as córneas para uma clínica particular de São Paulo.


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