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Bolsonarista suspeito de tentar explodir bomba em Brasília se entrega à polícia

Divulgação/Polícia Civil
Alan também é suspeito de participar dos ataques no dia 12 de dezembro, também em Brasília  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Polícia Civil

Publicado em 17/01/2023, às 20h17   Redação BNews


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Alan Diego dos Santos, foragido da Justiça por envolvimento na tentativa de explosão de um caminhão-tanque em Brasília se entregou nesta terça-feira (17), na delegacia de Comodoro, a 677 km de Cuiabá.

Ele estava sendo procurado pela polícia desde dezembro do ano passado, quando participou da colocação de um artefato explosivo nos arredores do aeroporto da capital federal. Alan também é suspeito de participar dos ataques no dia 12 de dezembro, também em Brasília.

De acordo com a Polícia Civil, ele será encaminhado a uma unidade prisional, onde aguardará manifestação da Justiça.

"Na semana passada, realizamos buscas em uma área rural próximo de Vila Bela, porque recebemos informações de que ele estaria naquele local. Tivemos contato com um morador que disse saber onde ele estava. Então, tentamos convencê-lo a se entregar para que responda pelos crimes", disse o delegado Ricardo Sarto.

Segundo o g1, após a prisão, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, que também é o interventor na segurança do Distrito Federal, publicou uma foto do suspeito nas redes sociais e comentou que "a lei será cumprida".

De acordo com a denúncia, Alan participou da montagem do artefato e da entrega do material para que fosse colocado no caminhão de combustível por Wellington Macedo. Ao g1, a defesa disse que não vai se manifestar até analisar a decisão da Justiça.

O trio responderá na Justiça pelo crime de explosão, quando se expõe “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa.

No entanto, o Ministério Público considera que é preciso aumentar a pena em 1/3, já que o crime foi cometido tendo como alvo um depósito de combustível.

Já as acusações de atos de terrorismo vão ser enviadas para a Justiça Federal, instância competente para analisar se estão configurados crimes contra o Estado Democrático de Direito.

A investigação apontou que o plano foi feito no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, por onde passaram bolsonaristas radicais com ideias golpistas.

Inicialmente os criminosos iam explodir um poste para prejudicar a distribuição de energia elétrica na capital. De última hora, a decisão mudou, e o objeto foi colocado no caminhão de combustível, carregado de querosene de aviação.

A Polícia Civil afirma que, horas após a identificação do explosivo, Alan e George se falaram por uma ligação de aplicativo de mensagens e trocaram imagens do explosivo.

Por meio da geolocalização foi possível identificar que um carro que seria da esposa de Wellington também circulou pelos arredores do aeroporto no dia.

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