Polícia

Caso Pousada Paraíso: Expedidos mandados de prisão preventiva para Shirley Silva e Maqueila Bastos

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Advogado de Shirley refuta versão da Polícia Militar  |   Bnews - Divulgação Arquivo Bnews

Publicado em 15/03/2022, às 14h58   Juliana Barbosa


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A Justiça decretou na última segunda-feira (14) as prisões preventivas de Shirley da Silva Figueiredo, e da amiga dela, Maqueila Bastos. Shirley era esposa do empresário Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia. Ele foi achado morto dentro de um dos quartos da pousada. As duas são consideradas foragidas.

Em entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Record/Itapuã, na tarde desta terça-feira(15),  o delegado Rafael Magalhães explicou que após a morte de Leandro Troesch, Shirley saiu de casa e desde então não foi mais vista. Como ela era considerada testemunha importante na morte do empresário e cumpria a prisão domiciliar, não poderia ter deixado a cidade. Ele afirma que a viúva de Leandro não poderia se ausentar do domicílio, não deveria ter contato com drogas, armas e consumir bebidas alcoólicas, além de se recolher às 20h; "eu fui lá e constatei tudo isso, que ela não estava no local".

O delegado se mostrou indignado com as insinuações do avogado de defesa de Shirley:

"Se advogado está colocando as coisas dele, eu não posso fazer nada,né? Ele está no direito dele, ele recebe, ele ganha o dinheiro dele para defender o cliente dele mas, tudo que eu disse foi verdadeiro, não estou aqui trabalhando para fazer sensacionalismo a ninguém, o meu trabalho aqui é técnico, eu recebo salário do govenro estadual para desempenhar a minha função. Quanto ao advogado falar as coisas é um problema particular dele, não me interessa o que qualquer advogado fale, tanto de uma parte quanto de outra."

Já o advogado de Shirley, Kléber Nunes, contradisse a versão da PM e, em especial, questionou o a demanda da polícia e do delegado do caso, que estariam, segundo ele, muito interessados no caso.

O advogado diz que ficará comprovado que sua cliente é inocente, que o empresário Leandro Silva Troesch realmente se suicidou. 

O caso das mortes do dono da pousada Paraíso Perdido, Leandro Silva Troesch, e Marcell ganhou novos desdobramentos, após o delegado responsável pelo caso, Rafael Magalhães, apontar Maqueila Santos – ex-detenta por estelionato – como uma das suspeitas do crime. Em razão das declarações do delegado, o advogado de defesa de Maqueila, Paulo Pires, rebateu as acusações  e informou que Maqueila está disponível para prestar depoimento.

Últimos acontecimentos

O delegado responsável pelo caso, Rafael Magalhães, informou que recebeu na quarta-feira (9) a ligação de um homem que se identificou como advogado de Maqueila Bastos, amiga de Shirley da Silva Figueiredo, viúva de Leandro.

Segundo o delegado, o advogado informou que Maqueila pretende conversar com ele por telefone e, só depois, prestar depoimento à polícia.

Nesta quinta (10), o delegado conta que recebeu outra ligação, dessa vez de uma mulher, que também se identificou como advogada de Maqueila. ainda de acordo com o delegado,  ela repetiu as mesmas informações que o suposto advogado disse no dia anterior.

Minutos depois de falar com a mulher pelo telefone, o delegado recebeu novamente a ligação do advogado de Maqueila, que afirmou não reconhecer a mulher como advogada do caso. O homem repetiu que Maqueila falaria com o delegado pelo telefone, mas não informou em que data ela faria a ligação.

Maqueila responde a processos e inquéritos por estelionato, sequestro e extorsão. Ela é investigada no caso da morte do empresário por causa da sua amizade com Shirley, viúva de Leandro. As duas se conheceram na prisão em 2021, quando Shirley foi condenada a nove anos de prisão pelos crimes de sequestro e extorsão cometido com Leandro em 2001.

Leia também: Caso Paraíso Perdido: Homem é encontrado morto em Camassandi

Um homem ligado ao empresário Leandro Silva Troesch, dono da Pousada Paraíso Perdido, foi encontrado morto nesta segunda-feira (07). Ele teria sido morto, segundo as investigações, por queima de arquivo.
Segundo a Polícia Civil, o homem seria uma pessoa de confiança do empresário e testemunha chave para a investigação. O  crime, provavelmente, pode ser considerado uma queima de arquivo.

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