Polícia

Defesa de PMs baianos acusados de serem 'matadores de aluguel' quer clientes soltos

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Os PMs baianos são acusados de serem contratados por empresário para matar desafetos  |   Bnews - Divulgação Imagem ilustrativa/PM-BA
Nilson Marinho

por Nilson Marinho

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Publicado em 09/11/2023, às 12h06


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A defesa dos policiais militares, João Marcos de Sales Soares e José Antônio Rodrigues Alves Silva, suspeitos de fazerem parte de um grupo de pistolagem com atuação na região do oeste baiano, pediram a liberdade dos dois com o argumento de que eles foram acusados de homicídio, mas que a denúncia só foi apresentada um ano depois do crime, em 14 de julho de 2022, quando os agentes tiveram a prisão preventiva decretada pela morte de Ivanei Baldez de Souza, de 42 anos, na cidade de Barreiras.

No pedido de Habeas Corpus, o advogado argumenta que, mesmo após 15 meses, o motivo da prisão preventiva não foi devidamente justificado, e que os acusados, além de não serem culpados, são policiais militares, pais de família, e têm bom histórico.

homem morto em barreiras
Ivanei Baldez foi morto a tiros em Barreiras (Reprodução/Redes sociais)

Diante disso, a defesa pediu a libertação imediata dos PMs ​​e, caso não fosse possível, a revogação da prisão preventiva, com ou sem a aplicação de outras medidas cautelares. O juiz, por sua vez, decidiu não conceder a liberdade urgente, encaminhando a análise mais detalhada do mérito para a Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, a fim de decidir sobre a legalidade da medida restritiva.

João Marcos e José Antônio foram presos na companhia de um outro policial militar após serem denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em conjunto com a 9º Promotoria de Justiça de Barreiras.

Conforme a denúncia, no dia 17 de abril de 2021, no bairro Rio Grande, os agentes emparelharam o automóvel ao lado do carro da vítima e passaram a efetuar disparos de arma de fogo contra ela. Assim que Ivanei Baldez saiu de seu veículo, foi alcançado pelos suspeitos, que estavam armados com uma pistola calibre 9mm e espingarda calibre 12.

Além disso, consta na denúncia que no dia do crime coube a um dos policiais verificar se não havia viaturas próximas ao local do crime, além da função de locar os automóveis para prática dos delitos. João Marcos e José Antônio também são acusados de executar o empresário agrícola Paulo Antônio Ribas Grendene, 62, em junho de 2021, também em Barreiras. A vítima teria sido morta por questões que envolviam disputa de terras.

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