Polícia

Delegado é afastado do caso após comentar sobre roupas de mãe e filha mortas em Guanambi

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O delegado disse à imprensa local, durante coletiva, que as vestimentas teriam chamado a atenção do suspeito  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Redes sociais

Publicado em 16/12/2021, às 16h45   Redação BNews


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O delegado Rhudson Barcelos foi afastado do caso que investiga as mortes de mãe e filha em Guanambi, após um protesto realizado em frente à delegacia. A manifestação ocorreu devido a comentários feitos pelo delegado relacionando o crime às roupas que as vítimas utilizavam quando foram brutalmente assassinadas.

Alcione Malheiros Teixeira Ribeiro, 42 anos, e Ana Júlia Teixeira Fernandes, 16 anos, foram mortas no domingo (12). No dia seguinte, Rhudson disse à imprensa local, durante coletiva, que as roupas das vítimas teriam chamado a atenção do suspeito.

"Pelo que ficou subentendido e a gente apurou até o momento, não houve premeditação nesse crime. Ele não tinha a intenção de praticar o estupro específico com as vítimas. Foi uma questão de coincidência, porque quando ele saiu do trabalho, por volta de meio dia, ele andando pela avenida se deparou com as duas, com aquelas roupas de malhação, de caminhada, obviamente chamando atenção. Ele disse que daí começou a ter desejo sexual de estuprá-las e as seguiu. Passou por elas, estacionou e ficou esperando”, destacou o delegado na oportunidade.

A fala gerou um protesto em frente à delegacia e a Polícia Civil decidiu trocar o delegado. No entanto, a corporação alegou ao Correio que a decisão foi “administrativa” e ocorre sempre que “julgado pertinente”. Assume o inquérito a partir de agora o delegado Giancarlo Giovane Soares.

Como o executor já foi preso, Soares investigará se houve outros envolvidos no caso. Marco Aurélio da Silva, 36 anos, foi localizado segunda-feira em uma construção abandonada. Ele também é suspeito de outros crimes sexuais praticados na cidade de Guanambi.

No sábado (18), familiares e amigos das vítimas farão uma passeata saindo do Marco Zero da cidade até a sede da 22ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin). O ato será contra o machismo e solicitará a implantação de uma Delegacia da Mulher na cidade.

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