Polícia
Publicado em 24/10/2023, às 15h38 Cadastrado por Sanny Santana
O Exército informou que 'liberou' os sete militares suspeitos de envolvimento direto no furto das metralhadoras do quartel de Barueri, na Grande São Paulo.
Desde o dia 10 de outubro, quando o crime foi descoberto, o grupo estava impedido de deixar o Arsenal de Guerra. Contudo, esse impedimento não foi considerado prisão, e sim, "aquartelamento", quando deixam os militares nos quartéis.
Segundo o g1, três dos sete militares teriam sido responsáveis pelo furto. Um teria aberto o paiol, outro pegou as armas e um terceiro transportou num caminhão militar para fora do quartel.
Em nota divulgada à imprensa, no entanto, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) comunicou que nenhum militar está "aquartelado" na base militar de Barueri e, agora, todos podem ir trabalhar e voltar para suas casas.
Inicialmente, 480 militares ficaram impedidos de sair. Depois esse número foi reduzido para 160. E até a última segunda-feira (23) era de 40. Todos chegaram a ter os celulares confiscados quando estiveram "aquartelados". Confira a nota:
"O Comando Militar do Sudeste (CMSE) informa que, em razão da evolução das investigações, o Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP) não está mais na situação de sobreaviso, ou seja, não existe mais nenhum efetivo aquartelado. Todos os militares da Organização Militar cumprem o expediente normalmente. No contexto da apuração criminal, os possíveis crimes cometidos, à luz do Código Penal Militar, são: furto; peculato; receptação; e desaparecimento, consunção ou extravio. A qualificação dos crimes compete ao Ministério Público Militar. Paralela à apuração criminal, na esfera disciplinar, as possíveis punições são: advertência; impedimento disciplinar; repreensão; detenção disciplinar; e prisão disciplinar (até 30 dias)", informa comunicado divulgado nesta terça pelo Exército".
O Inquérito Policial Militar do CMSE apura infrações administrativas e também quatro crimes: furto, peculato, receptação e extravio.
Caso os responsáveis pelo sumiço sejam punidos: quem contribuiu indiretamente com ele (por ter falhado na fiscalização e segurança) pode receber penas administrativas que vão da advertência, impedimento disciplinar, repreensão, detenção disciplinar, e prisão disciplinar por até 30 dias.
Aqueles que tiveram envolvimento direto com o desaparecimento das metralhadoras podem ser punidos criminalmente pela Justiça Militar a penas que vão de 1 ano a 38 anos de prisão, se forem somadas.
Nos próximos dias o Exército deverá pedir à Justiça Militar a prisão dos envolvidos no desaparecimento das metralhadoras. O pedido, contudo, ainda passará por análise do Ministério Público Militar (MPM).
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