Imagens de boate revelam momentos após suposto estupro coletivo; veja interior da casa norturna

Nas imagens do circuito interno, é possível ver que o jovem foi identificado e levado até a sala da gerência. No local, ele conversa com a suposta vítima e as amigas, e nega estar com o celular da moça.

Por estar com várias marcas pelo corpo, a mulher ainda é questionada se houve ou não abuso. Nervosa, ela relata que consentiu a relação sexual com o rapaz, contudo, depois disso acontecer, outras pessoas a teriam tocado.

Segundo a CNN, em depoimento prestado pela gerente do estabelecimento, ela afirma qe o "dark room" é um espaço escuro, com cerca de 3 metros, e que há apenas uma cama. Um segurança fica do lado de fora da cortina que separa a sala e é orientado a intervir apenas se houver algum pedido de ajuda.

Segundo o advogado da boate, Daniel Blanck, até então não havia monitoramento na entrada do "dark room", mas, depois da denúncia, os equipamentos foram instalados.

Outras câmeras mostram o momento em que a jovem deixa o estabelecimento acompanhada do segurança. Segundo a defesa, eles saíram para ir até a delegacia mais próxima para registrar o desaparecimento do celular. No entanto, a jovem teria desistido. O registro policial só foi feito na última terça-feira (3), na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), que fica perto da casa noturna.

De acordo com o relato da universitária, ela conheceu um brasileiro que a teria chamado para ir a um espaço mais reservado. Neste local, na chamada sala escura, a mulher teria sido estuprada por um número de homens que não consegue precisar, já que, segundo sua versão, chegou a perder a consciência.

Ainda não se sabe se a jovem foi dopada. Ela foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame e corpo de delito e também foi submetida a exames toxicológicos.

Em nota, a boate afirmou que está à disposição das autoridades e que repudia qualquer forma de intolerância, opressão e qualquer forma de violência contra as mulheres.

Conforme a CNN, antes da universitária estrangeira ter denunciado o suposto abuso, a Deam já havia recebido uma outra vítima que afirma ter sido abusada no mesmo local. O advogado da casa noturna, contudo, informou não ter sido informado sobre a denúncia.