Polícia

Juiz é acusado de assediar pelo menos dez mulheres; apareceu "pelado e se masturbando" na webcam

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Os relatos foram divulgados inicialmente nas redes sociais, depois seguiram para o Me Too Brasil. Três mulheres procuraram diretamente a ONG para formalizar e levar à frente as denúncias  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 15/08/2022, às 22h11   Redação BNews


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Marcos Scalercio, 41, juiz do trabalho de São Paulo e professor de um famoso cursinho preparatório, chamado Damásio Educacional, está sendo acusado de assédio sexual por mulheres com quem o magistrado tinha relação profissional ou como docente e discente. Algumas afirmam que ele tentou beijá-las à força e as agarrou sem consentimento em seu gabinete. Outra afirmou que ele pediu foto de calcinha em uma troca de mensagens por meio de uma rede social e ainda apareceu "pelado e se masturbando" quando abriu a webcam para tirar dúvidas sobre a aula.

A denúncia foi feita pelo G1, que teve acesso às dez denúncias contra o magistrado feitas pelas mulheres. Segundo o site, os relatos foram divulgados inicialmente nas redes sociais, depois seguiram para o Me Too Brasil. Três mulheres procuraram diretamente a ONG para formalizar e levar à frente as denúncias contra Scalercio. Essas denúncias estão contra o juiz estão sendo investigadas nas esferas administrativa e criminal, sendo que as denunciantes são uma funcionária do TRT, uma advogada, uma estagiária de direito, seis alunas do Damásio, à época, e uma professora de direito - com quem a reportagem conversou.

Ainda segundo o site, as imagens dos diálogos foram divulgadas em grupos fechados de concursos públicos voltados a mulheres. Elas foram compartilhadas entre as próprias vítimas e também acabaram encaminhadas ao Me Too Brasil. Das dez mulheres, três delas acusam o magistrado de agarrá-las e beijá-las à força dentro do gabinete dele no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda, Zona Oeste da capital, e em uma cafeteria próxima ao cursinho, no Centro. Outras sete vítimas também relatam que ele usou as redes sociais para assediá-las, tendo comportamento inapropriado e enviando mensagens com conotação sexual.

Pelo fato de os membros da Justiça do Trabalho terem competência federal nas suas atribuições, eventuais violações cometidas por eles são apuradas por órgãos federais. Se for considerado culpado no âmbito administrativo, o magistrado poderá ser exonerado do cargo, suspenso, afastado ou advertido. No aspecto criminal, condenados por assédio sexual podem ser punidos com até dois anos de prisão.

A versão da defesa alega que o juiz já foi absolvido pela corregedoria do TRT e teve denúncias arquivadas, depois de 15 testemunhas terem sido ouvidas no processo.

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