Polícia

MP-BA dá prazo para Carrefour apresentar imagens de câmeras de segurança

Reprodução/Vídeo
Determinação ocorre após casal ser agredido no Carrefour  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Vídeo
Sanny Santana

por Sanny Santana

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Publicado em 09/05/2023, às 17h23


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O caso do casal negro que foi agredido na filial da Rede Carrefour em Salvador, na última sexta-feira (5), ganhou mais um capítulo. Dessa vez, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) fez duas determinações ao supermercado, que se pronunciou sobre o assunto.

Nesta terça (9), o MP-BA instaurou procedimento para apurar o caso de racismo. Foi estabelecido que, em até cinco dias, o estabelecimento preste esclarecimentos e forneça imagens das câmeras de segurança e a qualificação completa dos funcionários envolvidos.

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"À Delegacia de Polícia Circunscricional do local, o MP requisitou a instauração de inquérito policial para apurar os fatos", informou o ministério, por meio de nota, ao BNews.

Também por meio de nota, o Carrefour se pronunciou alegando que o caso é "lamentável" e que estão realizando "todos os esforços para apurar o ocorrido e tomar todas as medidas cabíveis". 

"A primeira delas e fundamental foi, de forma proativa, realizar uma denúncia de agressão e lesão corporal à Polícia Civil, para que esse crime inaceitável seja rigorosamente apurado", declarou, acrescentando que a denúncia foi encaminhada para a 12ª Delegacia Territorial/Itapuã.

Ainda na nota, a rede alega que, no vídeo em que são mostradas as agressões contra o casal, o suspeito tem uma tatuagem na mão. No entanto, segundo eles, "nenhum profissional direto ou indireto que atua na unidade tem essa tatuagem". 

Apesar de dizer não ter encontrado o suspeito do vídeo, o supermercado decidiu demitir a liderança e equipe de prevenção da loja, além de rescindir o contrato com a empresa responsável pela segurança da área externa, onde a violência ocorreu.

Veja a nota na íntegra:

"Assim que tomamos conhecimento do caso lamentável, empenhamos de forma imediata todos os esforços para apurar o ocorrido e tomar todas as medidas cabíveis. A primeira delas e fundamental foi, de forma proativa, realizar uma denúncia de agressão e lesão corporal à Polícia Civil, para que esse crime inaceitável seja rigorosamente apurado.

Esta denúncia foi registrada eletronicamente, com número de protocolo 2023/0000257096-0, e encaminhada à 12ª Delegacia Territorial - Itapuã. Esta medida reforça o nosso compromisso de sermos incansáveis no combate a qualquer tipo de violência.

Em um vídeo que mostra o fato, é possível identificar que o agressor tem uma tatuagem na mão. No avanço das nossas investigações internas, apuramos que nenhum profissional direto ou indireto que atua na unidade tem essa tatuagem.

Mesmo assim, não podemos aceitar que um crime como esse tenha ocorrido em nossas dependências. Por isso, na própria sexta-feira (5/05), desligamos a liderança e equipe de prevenção da loja. Reforçando nossa tolerância zero com a violência, inclusive nos cargos de gestão. Além de rescindir o contrato com a empresa responsável pela segurança da área externa, onde a violência ocorreu. Assumimos a nossa responsabilidade e tomamos medidas rápidas e duras.

É inadmissível que qualquer pessoa seja tratada desta maneira. É um crime, com o qual não compactuamos. Estamos buscando o contato das vítimas para nos desculparmos pessoalmente, além de oferecer suporte psicológico, médico ou qualquer outro apoio necessário".

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