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Mulher negra é acusada de roubo, passa mal e desmaia em shopping de Salvador; família acusa loja de racismo

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Mulher negra foi acusada de roubo por segurança da Renner em shopping de Salvador; família denuncia racismo  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Google Imagens

Publicado em 21/05/2022, às 19h41 - Atualizado às 19h50   Vinícius Dias


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Uma mulher negra identificada como Fernanda Rodrigues sofreu um pico de pressão e trauma no pé porque desmaiou após sofrer um suposto caso de racismo em uma loja Renner de um shopping de Salvador. Em áudio enviado para a redação do BNews, Fernanda relata que o segurança da loja a acusou de roubo sem provas após flagrar uma terceira pessoa roubando perfumes no local.

Em relato no Instagram, o irmão de Fernanda, Leandro Rodrigues, afirmou que o caso aconteceu na última sexta-feira (20), no Shopping Bela Vista, um dos maiores da capital baiana.

"O segurança que praticou o crime foi protegido pela loja e não foi conduzido a uma delegacia. Após a acusação infundada, a vítima teve um mal súbito e desmaiou dentro da loja", escreveu Leandro. Confira relato completo logo abaixo.

"Cerca de 24h após o constrangimento e humilhação, ela se encontra em UPA, com diagnóstico de fratura no pé e aumento de pressão causados pelo trauma, e até o momento não recebemos nenhum contato ou assistência das Loja Renner e nem do Shopping onde ocorreu o caso", escreveu Leandro.

Procurado, o Shopping Bela Vista afirmou via nota oficial que prestou atendimento médico à cliente e ofereceu toda a assistência necessária enquanto ela esteve no empreendimento.

Ainda de acordo com o Shopping, a vítima fez o registro da queixa na Central de Atendimento ao Cliente e o estabelecimento está aguardando a apuração dos fatos. 

"O Bela Vista reitera que não compactua, não tolera e repudia quaisquer atitudes discriminatórias e reforça que possui um posicionamento democrático e de acolhimento à diversidade", finalizou o centro comercial em nota.

O BNews entrou em contato com os meios de comunicação oficiais da Renner, mas não teve retorno até o fechamento da matéria.

No áudio obtido pela reportagem, uma pessoa ligada à loja afirma que o funcionário acusado de racismo era investigado por má conduta profissional e furtos dentro da loja. A mesma pessoa alega que a Renner o desligou logo após checar as imagens.

O Coletivo de Entidades Negras (CEN) afirmou que acompanha o caso e disponibilizou um advogado para a vítima.

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