O que se sabe sobre o turista cearense morto a tiros em hotel de Salvador

Era final da manhã de quinta-feira (25) quando os hóspedes do quatro estrelas Catussaba Resort Hotel, localizado em Itapuã, em Salvador, escutaram barulhos de disparos de arma de fogo vindo da área onde ficam quatro piscinas interligadas. Os tiros foram feitos em direção ao turista cearense Victor Gutemberg Bezerra Ramos, de 29 anos, que tomava sol no momento em que foi morto.

Victor, que era natural da cidade de Maranguape, região metropolitana de Fortaleza, estava hospedado no hotel desde a última terça-feira (23). Inicialmente, ele foi identificado como um empresário baiano com residência na capital cearense, e que estava a passeio na sua cidade natal. A informação foi corrigida horas depois pela Polícia Civil.

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O turista estava hospedado no hotel com a esposa e um filho. Há relatos de que ele circulava na companhia de dois policiais militares cearenses, que estavam trabalhando como seguranças da família. Ele teria vindo à Bahia para participar de uma rinha de galos que aconteceria em Camaçari. As informações não foram confirmadas pelas autoridades policiais. Nesta sexta (26), em nota, a Polícia Civil informou que o caso ainda é investigado e que, por ora, não há novas informações sobre o homicídio.

Victor era sócio de uma empresa de construções aberta em 2011 e com sede em Maranguape. Outras duas pessoas também estão à frente do negócio, uma delas um ex-chefe de gabinete da cidade acusado de ameaçar o ex-prefeito de morte. O caso aconteceu em 2019.

Conterrâneos do turista afirmam que, embora fosse sócio da empresa, Victor trabalhava no ramo de veículos. Muitos lamentaram a morte dele nas redes sociais. Um veículo de comunicação local inclusive o descreveu como uma pessoa “bastante conhecida, alegre e do bem”.

Segurança

Testemunhas afirmam que o atirador entrou por um portão que liga o hotel à praia. O homem teria entrado armado, já que o espaço não conta com segurança. Em nota, o Catussaba, que conta com 256 apartamentos e diárias a partir de R$ 300, afirmou que prestou os cuidados médicos necessários e que, imediatamente, acionou uma empresa médica que dispõe de uma ambulância que fica estacionada ao lado do empreendimento. A polícia, ainda de acordo com o hotel, também foi acionada por funcionários.

“Ademais, destaca-se que ao longo de suas quase três décadas de funcionamento o hotel nunca antes foi local de evento desta natureza. De fato, o empreendimento sempre prezou pelo máximo de cuidado e sempre zelou por dar segurança aos seus hóspedes e colaboradores, distribuindo diversos profissionais treinados para vigiar e assegurar todos que adentram no empreendimento. Enfim, o hotel desde o primeiro momento se disponibilizou e já colabora de forma mais ampla possível com as autoridades públicas buscando contribuir para a identificação célere dos responsáveis pelo fato”, diz trecho do comunicado.