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Polícia prende quadrilha de motoristas por app que roubavam e estupravam passageiras

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Passageiras eram roubadas pelo pix e algumas era estupradas  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Globo

Publicado em 14/03/2023, às 13h36   Cadastrado por Sanny Santana


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Polícia prende quadrilha de motoristas por app que roubavam e estupravam passageiras

A Polícia Civil prendeu, na noite de segunda-feira (14), uma quadrilha de motoristas por aplicativo suspeita de sequestrar, roubar e estuprar passageiras sozinhas. O grupo criminoso foi capturado em São Paulo.

No momento da captura, a quadrilha chegou a trocar tiros com os policiais. Ninguém se feriu e um dos suspeitos conseguiu fugir. Ele já foi identificado e está sendo procurado pela polícia.  

Uma mulher que havia sido sequestrada ainda estava no carro e foi resgatada pelos policiais. Ela não chegou a ser roubada, nem abusada, mas seria levada para um cativeiro em Itaquaquecetuba, cidade a Grande São Paulo.

Os policiais já estavam investigando o bando e o deteve quando pegaram a vítima nos Jardins, bairro nobre do Centro de São Paulo, e seguiam com ela pela região de São Miguel Paulista, na Zona Leste da capital.

Os criminosos já eram investigados por usarem carros de aplicativo e o cativeiro para cometerem crimes contra outras seis passageiras neste ano. Todas foram sequestradas e roubadas. Algumas delas também acabaram estupradas ou violentadas sexualmente pelos bandidos.

Para cometer os crimes, os suspeitos eram cadastrados como motoristas por aplicativo. Quando uma mulher sozinha pedia a corrida, ele ia pegar a passageira e, durante o trajeto, fingia pane no carro, parando o veículo. Nesse momento, outro veículo que seguia o automóvel também parava e os bandidos desciam armados dele.

grupo anunciava o assalto e entrava no carro por aplicativo com a passageira e o motorista, que fingia ser vítima também. A mulher abordada era ameaçada de morte pelo bando se não transferisse dinheiro por pix.

Durante o assalto, a vítima era levada para um cativeiro numa casa em Itaquaquecetuba. Lá, ela também podia ser abusada sexualmente, como algumas vítimas relataram

Abuso

Uma das vítimas da quadrilha foi a influenciadora digital de 19 anos, Giovanna Pacheco, que diz ter sido importunada sexualmente. "Que gostosinha, vai ser uma pena se você morrer... bonitinha, tão novinha", teria dito um dos criminosos. Ela ainda conta que os bandidos bateram na sua bunda.

Segundo Giovanna, os bandidos ainda gravaram o abuso sexual contra ela e enviaram as imagens para os celulares deles.

Ela contou que ficou oito horas refém dos bandidos e foi levada para dois cativeiros. Nos locais, ela foi obrigada a passar R$ 10 mil. "Queriam R$ 40 mil, mas eu não tinha", afirmou.

A passageira só foi libertada pela quadrilha depois de transferir o dinheiro. Os criminosos pediram um outro carro por aplicativo para levá-la para casa. 

Os três suspeitos confessaram o crime. Eles deverão responder por extorsão qualificada, roubo majorado [levar o bem de alguém sob ameaça], tentativa de homicídio em cima dos policiais [por terem atirado contra os agentes] e organização criminosa. Somando todas as penas, poderão passar mais de 40 anos na cadeia.

Classificação Indicativa: Livre

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