Polícia

“Revolta e impotência”, relata mãe de designer agredida por namorado em Nazaré

Montagem BNews
A mãe de Bruna contou que o homem teria visitado sua filha todos os dias e, mesmo assim, não entrou em contato com a família da mulher  |   Bnews - Divulgação Montagem BNews

Publicado em 02/01/2023, às 20h49   Redação Bnews


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Rosana Soares, mãe da designer Bruna Alexandra Colzani, de 35 anos, que está internada no Hospital Geral do Estado (HGE) após ser espancada pelo namorado, afirmou que seu sentimento é de “revolta e impotência”.


Em entrevista ao Cidade Alerta, da RecordTV Itapoan, na noite desta segunda-feira (2), a mulher contou que não deseja para nenhuma mãe ver a filha da forma como ela encontrou a dela. “Ele tentou matar a minha filha, não sei se ele vai atrás dela depois ou se vai fazer outra vítima”, afirmou a mãe ao pedir justiça.


A mulher contou ao G1 que só soube do estado da filha três dias depois das agressões, que ocorreram no dia 28 de dezembro. Sem conseguir contato com a designer, ela conseguiu falar com o pai do suposto agressor, que contou que sua filha estava internada em um hospital.


A mãe de Bruna contou que o homem teria visitado sua filha todos os dias e, mesmo assim, não entrou em contato com a família da mulher. Já o pai do suspeito relatou que quando soube do ocorrido, o filho estava na delegacia com Bruna e quem a socorreu foi um amigo do suspeito.
A mãe da vítima ainda falou que tanto o suspeito como o pai não teriam deixado sua filha pedir ajuda a família e pediu justiça.


"Tiraram o celular dela, ela tentou pedir ajuda para mim, para os amigos dela, mas não deixaram. A gente quer justiça, só isso. As pessoas precisam saber que a violência tem que ser combatida", relatou.


Segundo informações da Polícia Civil, o suspeito, um homem de 25 anos, foi autuado em flagrante por lesão corporal, na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), em Brotas, após ter sido conduzido à unidade por policiais militares. Uma medida protetiva de urgência foi solicitada, e ainda aguarda análise por parte do Judiciário, que negou um pedido de prisão preventiva liberou o suspeito em audiência de custódia.


A mãe de Bruna ainda relatou que o boletim de ocorrência registrado pela vítima, na companhia do pai do agressor, teria sido feito de forma online, o que foi negado pela Polícia Civil. Em nota enviada ao BNews, a PC disse que “a vítima de uma agressão no último dia 28 não registrou um boletim de ocorrência online. Ela foi acolhida e atendida na delegacia, presencialmente, tendo seu boletim de ocorrência registrado por policiais da Deam"


"Apenas a formalização do depoimento foi realizada de maneira virtual, em vídeo de alta resolução, por uma delegada especializada, que expediu as guias de lesões corporais para os exames no Departamento de Polícia Técnica – o que também ocorre de maneira presencial”, diz um outo trecho da nota.


A Polícia Civil afirmou que a vítima foi ouvida por uma delegada da Deam de Brotas e foi expedida uma guia de local de crime, para que seja realizada uma perícia do DPT no local onde ocorreram as agressões. “A Polícia Civil irá apurar a conduta dos servidores que realizaram o atendimento e investiga também a possível prática do crime de fraude processual por parte do homem que levou a vítima à delegacia”, afirmou.

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