Polícia

Tenente que atirou no lutador Leandro Lo seguirá em prisão temporária

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O Tenente estava de folga no momento do crime  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Redes Sociais

Publicado em 08/08/2022, às 18h51   Paulo Eduardo Dias// Folhapress


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tenente da Polícia Militar Henrique Otavio Oliveira Velozo, 30, que atirou na cabeça o lutador de jiu-jítsu Leandro Lo, 33, durante um show na zona sul de São Paulo, passou por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (8).

Velozo se entregou à polícia na noite de domingo (7), após a Justiça ter decretado sua prisão temporária por 30 dias. Na audiência, o juiz manteve a prisão, e o tenente foi encaminhado para o Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital.

A reportagem não localizou a defesa do policial. Na delegacia, um advogado que se apresentou como defensor de Velozo se recusou a falar com a imprensa e não deu informações sobre o caso.

O PM estava de folga no momento do crime. O advogado da família do lutador, Ivã Siqueira Junior, afirma que testemunhas disseram que os dois se desentenderam após Velozo entrar na roda de amigos de Lo, pegar uma garrafa de bebida e começar a chacoalhá-la. De acordo com os relatos, o policial tentava provocar o atleta.

Lo teria em seguida derrubado o homem e o imobilizado. Outras pessoas se aproximaram e separaram a briga, sem ter havido agressões, ainda segundo relatos.
O homem teria, então, sacado uma arma e atirado uma única vez na cabeça do lutador, que foi atingido na testa. A vítima chegou a receber os primeiros socorros de um médico no local e foi levada ao hospital, mas não resistiu.

O lutador foi enterrado na tarde desta segunda no Cemitério do Morumby, em São Paulo.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo informou que o caso segue em investigação pelo 16ºDP (Vila Clementino). Paralelamente, a Polícia Militar também instaurou apuração administrativa.

Velozo possui uma condenação na Justiça Militar por agredir com um soco e desacatar outros PMs durante uma festa em 2017. Ele declarou à época que apenas agiu para separar sete pessoas que agrediam um primo dele.

O tenente foi condenado a nove meses de prisão em regime aberto. O acórdão foi publicado pela Justiça Militar em maio de 2021. O PM havia sido absolvido das acusações na primeira instância, mas o Ministério Público recorreu.

Por ser réu primário, foi concedida a suspensão da pena por dois anos –a pena pode ser extinta, sem passagem criminal, caso ele não cometa outro crime no período, conforme explicou à reportagem um advogado que atua na defesa de policiais militares e pediu para não ser identificado.

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