Política

Dilma Rousseff diz que aguenta ameaças e pede respeito aos votos das urnas

Publicado em 07/08/2015, às 16h24   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Durante a entrega de casas populares em Roraima, a presidente Dilma Rousseff declarou,  nesta sexta-feira (7), que ela é uma pessoa que "aguenta ameaças" e que uma democracia “respeita a eleição direta pelo voto popular".

A presidente enfrenta a pior crise política desde o início do primeiro mandato, com setores da oposição defendendo o afastamento da presidente e membros do PSDB pedindo novas eleições. No Congresso, o governo sofre sucessivas derrotas e encontra dificuldades para reunificar a base aliada, que se pulverizou e não é mais garantia para aprovação de matérias na Câmara e no Senado. A popularidade da presidente também vive o pior momento. Segundo o instituto Datafolha, o governo Dilma tem o maior índice de reprovação (71%) desde a redemocratização do país.

"Sou uma pessoa que aguenta ameaças. Sobrevivi a grandes ameaças à minha própria vida. Uma democracia respeita a eleição direta pelo voto popular. Eu respeito a democracia do meu país. Eu honrarei o voto que me deram", declarou a presidente na cerimônia de entrega de um conjunto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida em Boa Vista.

Dilma afirmou que os votos recebidos na eleição do ano passado dão a ela "legitimidade" para governar. A presidente disse respeitar a democracia porque sabe o que é uma ditadura – Dilma foi presa política e vítima de tortura durante o regime militar.

“Eu respeito a democracia do meu país. Eu sei o que é viver numa ditadura. Por isso, eu respeito a democracia e o voto. E podem ter certeza: além de respeitar, eu honrarei o voto que me deram. A primeira característica de quem honra o voto que lhe deram é saber que ele é a fonte da legitimidade e ninguém vai tirar essa legitimidade que o voto me deu”, afirmou.

A uma plateia formada em sua maioria por beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida, Dilma disse também que vai se esforçar para garantir a estabilidade política. Sem entrar em detalhes, afirmou que trabalhará “incansavelmente” por isso.

“Me comprometo a contribuir e a me esforçar pela estabilidade. O país tem uma democracia e, por isso, devemos respeito entre os poderes, entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. E eu me disponho a trabalhar incansavalmente para assegurar a estabilidade política do nosso país”, declarou.

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