Política

MBL-BA rebate Marta após "enterro do PT" na UFBA: "Fomos o tempo todo agredidos"

Leitor BNews
Vereadora de Salvador acusou o grupo de "machismo" e disse que a ação tentou descontruir o memorial em homenagem às mulheres   |   Bnews - Divulgação Leitor BNews

Publicado em 15/11/2018, às 08h20   Henrique Brinco


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O coordenador do Movimento Brasil Livre na Bahia, Siqueira Costa Jr, respondeu as críticas da vereadora Marta Rodrigues (PT) após realizar um protesto na Universidade Federal da Bahia, na noite da última terça-feira (13). No local onde foi construído um memorial do feminicídio, os ativistas baianos promoveram um enterro simbólico do PT.
A vereadora de Salvador acusou o grupo de "machismo" e disse que a ação tentou descontruir o memorial em homenagem às mulheres mortas pelo feminicídio, instalado no campus de Ondina por estudantes da instituição durante o Fórum Social Mundial em março deste ano.
“Como se não bastasse, este grupo desrespeitou mais uma vez a memória de Marielle e de todas as vítimas do feminicídio. O memorial é um espaço onde concentramos luto e luta contra esses crimes.  O machismo está cotidianamente tentando nos desestabilizar”, declarou a petista, em nota divulgada na quarta.
"Não concordo com a declaração", rebateu Siqueira ao BNews. "Nós fomos fazer um ato pacífico. A vereadora está pegando a narrativa de estudantes que estão lá militando, dizendo que fomos lá acabar com o memorial. Primeiro, o memorial que eles alegam não consta o nome da professora Andreaa [Borges Astolpho], morta em 2014 por menores de idade, não consta o nome de policiais militares femininas que são mortas nas mãos de traficantes defendendo a população [...] Esse memorial nada mais é do que a tentativa da esquerda de montar mitos", completou.
Para ele, "a esquerda esquece os homens negros, brancos, ricos, que morrem pelo crime no dia a dia. O que ocorre é feminicídio, e não homicídio". "Por que o PT não procura os assassinos do prefeito Celso Daniel? Só procuram o de Marielle...", questionou.
Siqueira reafirma que membros do MBL sofreram agressão e que vai registrar Boletim de Ocorrência contra os envolvidos. "Fomos o tempo todo agredidos", afirma. O grupo divulgou um vídeo da confusão nas redes sociais.

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