Política

MBL anuncia que entrará com pedido de impeachment contra Bolsonaro nesta segunda

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O deputado federal Kim Kataguiri anunciou que no próximo dia 3 de maio, a partir das 12h, acontecerá um "protesto virtual" contra o presidente  |   Bnews - Divulgação Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Publicado em 27/04/2020, às 13h53   Redação BNews


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O Movimento Brasil Livre (MBL) anunciou na tarde desta segunda (27) que irá protocolar ainda hoje um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara, transmitida pelo YouTube. A informação foi adiantada em primeira mão pelo BNews.

O pedido de autoria do coordenador nacional do MBL, Rubens Nunes, argumenta que o presidente cometeu crime de responsabilidade ao supostamente interferir politicamente na Polícia Federal (PF) – acusação feita pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, na última sexta (23).

Segundo a organização, Bolsonaro teria o objetivo de “impedir os avanços das investigações contra os filhos”.O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) disse que ainda não houve diálogo com os líderes partidários para viabilizar o avanço da pedido de impedimento dentro da Casa. "Ainda não falamos com o presidente Rodrigo Maia, mas vamos marcar uma audiência com ele assim que protocolarmos", acrescentou.

Ele também anunciou que no próximo dia 3 de maio, a partir das 12h, o MBL realizará um "protesto virtual" com transmissão ao vivo que, segundo ele, funcionará como um "caminhão de som virtual". O movimento pretende usar a #ForaBolsonaro para engajar a audiência a mandar fotos de cartazes e manifestações feitas de dentro de casas.  

A estratégia foi adotada para viabilizar a participação popular no processos durante um contexto de pandemia do novo coronavírus – em que mobilizações de rua, e outras situações de aglomeração são desencorajadas pelas autoridades sanitárias de saúde do País e do mund.

Para Kataguiri, a situação de isolamento político vivido por Bolsonaro guarda mais semelhanças com o processo vivenciado pelo ex-presidente Fernando Collor, do que com a experiência atravessada por Dilma Rousseff em 2016. 

Kataguiri avalia que a petista contava com uma base sólida de apoio junto à partidos e organizações civis - como associações e sindicatos. "Bolsonaro tem o Centrão, e 10 ou 15 deputados dispostos a ir com ele até o final", avaliou.

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