Política

Vice-líder da bancada evangélica admite surpresa com veto de Bolsonaro a dívidas das igrejas: "Tomamos como um susto"

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Abílio Santana reconhece que presidente tentou evitar "choque" com setor econômico e garantiu que irá lutar para derrubar veto no Congresso  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 14/09/2020, às 15h17   Luiz Felipe Fernandez


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Vice-líder da bancada evangélica na Câmara dos Deputados, o deputado federal baiano Abílio Santana admitiu que foi pego de surpresa com o veto de Jair Bolsonaro ao perdão bilionário das dívidas tributárias das igrejas. "Nós tomamos isso como um susto", declarou o parlamentar ao BNews.

O próprio presidente, contudo, orientou lideranças a derrubarem o veto quando for para votação no Congresso. A sua justificativa é que não poderia ter deixado passar o projeto pois poderia ser enquadrado em crime de responsabilidade fiscal. 

Para Abílio, ausente na votação do Projeto de Lei que visa o perdão de R$ 1 bilhão em dívidas de instituições religiosas, o presidente fez uso da "democracia" para evitar desagradar setores da economia. "Ele não joga contra o patrimônio, não faz gol contra", resume o deputado.

Na sua visão, Bolsonaro percebeu que a frente evangélica não concordou com o veto e, por isso, fez a orientação. Abílio acredita que, por vezes, o "líder enxerga o que o liderado não está enxergando", mas não deixa de ser um ser humano como outro, passível de erro.

"O meu voto é junto com a frente parlamentar, graças aos céus que também é do querer do presidente a derrubada do veto, porque eu não voto contra o presidente Jair Bolsonaro, ainda que ache que o intento dele está errado [...] algumas vezes o líder está enxergando o que o liderado não está enxergando. Não é que o líder não erre, o líder é um ser humano e errar é do ser humano", explica o vice-líder da bancada.

O PL de autoria do deputado federal David Soares (DEM), filho do pastor evangélico R.R Soares, foi apoiado não somente pela bancada evangélica. Entre os parlamentares baianos, somente os do PT votaram contra a proposta (Jorge Solla, Afonso Florence Joseildo Ramos e Valmir Assunção, além de Bacelar (Podemos). 

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